Governo de Mato Grosso do Sul e União alinham ações para promoção da paz no campo

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O Governo de Mato Grosso do Sul recebeu nesta quinta-feira (30), em Campo Grande, representantes da Comissão Nacional de Enfrentamento à Violência no Campo (CNEVC), ligada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. O encontro buscou fortalecer o diálogo entre Estado, União e Judiciário diante do agravamento de disputas fundiárias envolvendo comunidades indígenas e produtores rurais.

Durante a reunião, o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, destacou que o Estado tem atuado em parceria com o Governo Federal na busca por soluções equilibradas e duradouras. Ele citou a criação de uma zona de amortecimento de 250 metros de pasto entre áreas produtivas e aldeias como exemplo de medida de conciliação.

Barbosinha ressaltou ainda que o diálogo institucional entre os governos estadual e federal permanece sólido, independentemente de diferenças políticas. “A pacificação no campo é um dever conjunto. Se há uma dívida histórica com os povos originários, ela deve ser resolvida com equilíbrio e sem estimular novos conflitos”, afirmou.

Segundo Leador Machado, diretor do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Agrários, a visita da comissão teve caráter colaborativo. Ele informou que o grupo trabalha para evitar o agravamento dos confrontos e buscar consenso entre os envolvidos, com apoio do governo estadual e da bancada federal.

Como medida imediata, foi definida a atuação da Força Nacional de Segurança Pública no policiamento ostensivo das áreas em conflito, substituindo temporariamente a Polícia Militar. A Polícia Federal será responsável pelos casos de flagrante, conforme decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que garante segurança jurídica à operação.

A secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, reforçou a importância de manter canais permanentes de escuta com as comunidades indígenas. A reunião terminou com o compromisso de uma nova visita a Caarapó, para ampliar o diálogo local e avançar em soluções fundiárias. O governo estadual reiterou que o desenvolvimento do Estado passa pela pacificação, segurança jurídica e respeito à diversidade cultural.

*Com infromações: Lucas Cavalheiro, Comunicação Vice-governadoria