Governo aciona PF com suspeita de ‘dia do fogo’ em SP – como no Pantanal, em 2019

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O governo federal solicitou à Polícia Federal (PF) que investigue a possível origem criminosa das queimadas que ocorreram no estado de São Paulo nesta semana. A informação foi confirmada neste domingo (25) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante uma visita à sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília. 

A ministra destacou que o governo suspeita de uma ação criminosa semelhante ao "dia do fogo", referindo-se ao incidente de 10 de agosto de 2019, quando criminosos coordenaram incêndios em mais de 470 propriedades rurais. "Há uma forte suspeita de que isso esteja acontecendo novamente", afirmou Marina Silva. 

“Estamos travando uma verdadeira guerra contra o fogo e contra a criminalidade”, declarou a ministra. “A situação é atípica. Em questão de dias, vários municípios começaram a queimar simultaneamente. Isso foge da nossa experiência habitual de combate ao fogo.” 

O presidente Lula também esteve na sala de situação, montada há dois meses no Prevfogo, para monitorar a situação dos focos de incêndio. Ele garantiu a disponibilização de recursos e medidas do governo federal para combater as chamas, que considerou difíceis de controlar. “Você acaba de apagar o fogo, vira as costas e ele reacende”, disse Lula. 

Ao lado da ministra Marina Silva, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou a existência de 31 inquéritos para investigar condutas criminosas relacionadas a incêndios florestais na Amazônia e outros 20 ligados ao Pantanal, além de duas investigações abertas para apurar as queimadas em São Paulo. “Mobilizamos nossas 15 delegacias no interior [de SP] para identificar as causas dessas queimadas no estado", informou Rodrigues. 

Neste domingo (25), o governo de São Paulo anunciou que 21 cidades no estado estão com focos de incêndio ativos, enquanto outras 46 cidades estão em alerta máximo devido à possível aproximação das chamas.