Governadores criam Consórcio da Paz para enfrentar o crime organizado

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Sete governadores anunciaram a criação do "Consórcio da Paz", iniciativa que visa integrar ações entre estados no combate ao crime organizado. O projeto prevê troca de informações de inteligência, apoio financeiro e reforço policial entre os participantes. O Rio de Janeiro será a sede inicial e coordenará a formalização do grupo.

A medida surge após a operação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e na apreensão de 93 fuzis. Apesar do objetivo de capturar o líder do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, o suspeito não foi preso. A ação gerou elogios dos governadores presentes, mas também críticas de especialistas e organizações sociais pela alta letalidade e denúncias de abusos.

Durante o encontro, os líderes estaduais afirmaram que o consórcio busca soluções práticas e não politizadas, com intenção de incluir todos os 27 estados da Federação. Eles destacaram a importância da cooperação para enfrentar uma violência que afeta o país como um todo.

Os governadores também criticaram a PEC da Segurança Pública, proposta pelo governo federal, que pretende dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). Segundo eles, a medida ameaça a autonomia dos estados na gestão das forças policiais. O governo federal, por sua vez, afirma que a PEC mantém essa autonomia.

Paralelamente, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o governador Cláudio Castro anunciaram a criação de um escritório emergencial para melhorar a integração entre os governos federal e estadual. Entre as ações previstas estão o envio de peritos, reforço de 50 agentes da PRF e transferência de dez presos para presídios federais.

*Com infromações da Agência Brasil