Fórum Smart Farm: Transição à “Agricultura 4.0”

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Biodiversidade, estratégias para o solo, controle biológico de pragas e doenças e agricultura de precisão cada vez mais digitalizada foram os temas debatidos no Fórum Smart Farm. O evento é promovido pela portuguesa Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), e neste ano foi dedicado ao tema “Alimentos Seguros, Agricultura e Tecnologia”.

Realizado na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, norte de Portugal, o Fórum Smart Farm reuniu profissionais e representantes da indústria para debater a inovação e ciência na garantia de alimentos seguros e em quantidade suficiente.

A conclusão surgiu em uníssono e tendo por base diversos argumentos: “Modernizar é sinônimo de educar, formar e sensibilizar” profissionais num contexto de enorme pressão europeia para a transição definitiva rumo a uma “agricultura 4.0”. 

Representando o governo português esteve Ana Paula Garcia, subdiretora geral da Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV). “É uma coisa difícil, um desafio cada vez maior falar, sobretudo, de disponibilidade de alimentos. Nunca tivemos produtos com tanta riqueza e diversidade, com um grau de segurança como o que temos agora”, disse ela.

No entanto, Ana Paula Garcia afirmou que a disponibilidade de insumos e alimentos ainda é uma grande incógnita em razão das contingências de guerra vividas atualmente na Europa, mas também das restrições aos agroquímicos e fertilizantes impostas pela União Europeia. 

“Indústria e empresas que apostam neste desenvolvimento têm de continuar juntas, porque a agricultura precisa, como nunca, deste investimento e do aparecimento de novas soluções”, concluiu.

Luís Antunes, vice-presidente da ANIPLA, afirmou que o Fórum Smart Farm é um diálogo aberto sobre as principais preocupações do presente, rumo a uma agricultura pensada para o futuro. 

Cátia Pinto secretária executiva do Smart Farm Colab (laboratório colaborativo para a inovação digital na agricultura), questionou o que realmente é a agricultura 4.0, e o que é que isso significa para quem produz alimentos. 

“Há um trabalho fundamental a fazer no suporte técnico, formação, educação e sensibilização do produtor, ajudando-o a implementar estes sistemas de inovação tecnológica permitindo-lhe modernizar-se e caminharmos a uma só voz rumo à transição digital”, defendeu.

No encerramento do evento o debate foi a respeito de uma das principais pressões que o setor agrícola, profissionais e indústria enfrentam hoje em dia: segurança dos alimentos.

Felisbela Torres de Campos, presidente da ANIPLA, lembrou que o momento é particularmente difícil a nível europeu e mundial, e para enfrentar é preciso “inovação e tecnologia no sector agrícola”

“Para os muitos desafios que aí veêm, e ao mesmo tempo contribuir positivamente para a Estratégia do Pacto Ecológico, tem de haver um ambiente de regulamentação mais favorável, bem como tecnologias mais modernas e disruptivas”, concluiu.

Fonte; Agrolink