Forte de Coimbra celebra 250 anos como marco histórico na fronteira de Mato Grosso do Sul

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Neste sábado, o Forte de Coimbra, localizado em Corumbá, celebra 250 anos de existência. Próximo à tríplice fronteira entre Brasil, Bolívia e Paraguai, a construção é reconhecida como patrimônio nacional desde 1974 pelo Iphan. Ao longo dos séculos, o forte foi palco de batalhas históricas e tornou-se símbolo de fé e resistência, com relatos de milagres atribuídos à padroeira local, Nossa Senhora do Carmo.

Durante a guerra entre Portugal e Espanha, em 1801, e na Guerra do Paraguai, em 1864, o forte enfrentou ataques de tropas inimigas em desvantagem numérica. Em ambas as ocasiões, a imagem da santa teria influenciado a retirada dos invasores, reforçando a devoção da comunidade local. Até hoje, a festa da padroeira é celebrada em julho, relembrando os episódios de proteção atribuídos à fé.

Atualmente sob responsabilidade do Exército, o Forte de Coimbra está praticamente desativado como unidade militar, mas passa por processo de revitalização com foco no turismo histórico. Um projeto aprovado pelo Iphan prevê restauração da estrutura e melhorias no acesso, com destaque para a localização estratégica no Pantanal do Nabileque. A iniciativa busca valorizar o legado cultural e ampliar o potencial turístico da região.

A origem do forte remonta ao período pós-Tratado de Madri, quando foi construído para proteger a fronteira contra invasões espanholas. Apesar de ter sido erguido em local diferente do previsto, o posicionamento mostrou-se acertado em confrontos posteriores. Ao longo dos anos, o isolamento da região e a negligência da Coroa Portuguesa contribuíram para sua vulnerabilidade. Somente no século XX foram feitas melhorias estruturais, e hoje, com acesso por estrada em obras, o local se prepara para receber visitantes e preservar sua memória histórica.