FGV: Economia desacelera e cresce 0,5% no 2º trimestre com juros altos

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A economia brasileira cresceu 0,5% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025, mostrando desaceleração em relação ao crescimento de 1,3% registrado nos três primeiros meses do ano. Os dados são do Monitor do PIB, do Ibre/FGV, que serve como prévia para os números oficiais do IBGE.

O levantamento indica que, na comparação com o mesmo período de 2024, o PIB cresceu 2,4% no segundo trimestre, enquanto o acumulado em 12 meses chega a 3,2%. O valor estimado do PIB no primeiro semestre é de R$ 6,109 trilhões. O crescimento se deve principalmente ao setor de serviços e à indústria, com destaque para a atividade extrativa.

A desaceleração no segundo trimestre reflete a ausência da contribuição positiva da agropecuária e os efeitos do elevado patamar dos juros básicos (Selic), que passaram de 10,5% ao ano em setembro de 2024 para 15% atualmente, tornando empréstimos mais caros e desestimulando investimentos.

O consumo das famílias também mostrou sinais de desaceleração, passando de 3,7% no quarto trimestre de 2024, para 2,6% no primeiro trimestre e 1,5% no segundo trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período dos anos anteriores.

O aumento da Selic, usado pelo Banco Central para controlar a inflação, tem efeito contracionista sobre a economia, impactando emprego, renda e investimentos. O efeito completo sobre a inflação tende a se manifestar entre seis e nove meses após a alteração da taxa.

Além do Monitor do PIB, o IBC-Br, indicador do Banco Central, apontou crescimento de 0,3% no segundo trimestre, e de 3,9% em 12 meses. O resultado oficial do PIB referente ao segundo trimestre será divulgado pelo IBGE em 2 de setembro de 2025.