2 anos atrás
Farinha de arroz: uma alternativa alimentar e econômica para o país
Produzida pela moagem do grão do arroz branco e sem gosto muito acentuado, são muitas as formas de utilização do produto na complementação alimentar

Os experimentos realizados na Embrapa Arroz e Feijão abrem sempre portas para outras formas de se aproveitar, aplicar ou utilizar recursos tecnológicos. Propondo caminhos novos, especialmente às cadeias dos dois principais objetos de estudo da Unidade, cujo nome já indica.
Um exemplo disso são a farinha e o farelo de arroz, ambos subprodutos ricos em nutrientes, sais minerais, fibras, e vitaminas ‘E’ e ‘B6’, que foram tema de estudo desenvolvido pelos pesquisadores Priscila Bassinello, Tamillys Luz, e Carlos Magri Ferreira.
Encontrados em abundância no país, são alimentos muito baratos, que o pequeno produtor pode obter diretamente em sua propriedade No entanto, são normalmente descartados, mesmo sendo boa fonte de nutrientes, de baixo custo, e até opção como suplemento alimentar em trabalhos sociais com populações carentes.
Produzida pela moagem do grão do arroz branco e sem gosto muito acentuado, são muitas as formas de utilização da farinha de arroz na complementação alimentar, podendo ser adicionada ao feijão, massas de tortas, ensopados, molhos e pães.
Nesses casos, também, o uso em substituição à farinha de trigo proporciona alternativa a diversos alimentos para portadores da doença celíaca (alérgicos ao glúten, composto de proteínas encontrado em cereais, como trigo, centeio e cevada), que afeta cerca de dois milhões de pessoas no país impedidas de consumir itens que contenham essa substância em sua formulação.
De acordo com as informações da Embrapa, o glúten é responsável pela elasticidade das massas. Além disso, a sua troca pela farinha de arroz na confecção de bolos, doces, pães, biscoitos e macarrão, promove qualidade de vida aos celíacos (doença autoimune causada pela intolerância ao glúten). Tudo isso já se comprovou em receitas produzidas na Cozinha Experimental da Embrapa, em Santo Antônio de Goiás, Essas receitas podem ser encontradas no livro Delícias com Arroz e Feijão.
O uso da farinha de arroz ainda está bem abaixo do potencial, de acordo com estudos realizados em 2017, pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Entre os fatores limitantes, segundo a Embrapa, estão questões mercadológicas relacionadas à colocação do produto no varejo, a concorrência com produtos substitutos e problemas com o manuseio e a estocagem, devido à fragilidade desse alimento.
Entretanto, pelo resultado obtido, percebe-se vantagem em transformar o arroz quebrado e a quirera em farinha, com importantes propriedades funcionais de interesse da população e com versatilidade de emprego, inclusive na alimentação infantil. Além disso, pode ser uma opção de atividade para empresas de pequeno porte, em razão do processamento simples, da pouca exigência de equipamentos e do consequente baixo investimento.
Fonte: Canal Rural
•
Usamos os cookies e dados de navegação visando proporcionar uma melhor experiência durante o uso do site. Ao continuar, você concorda com nossa Política de Privacidade.