8h atrás
Falha global na AWS causa instabilidade e reacende alerta sobre dependência de grandes provedores de tecnologia

Uma falha de grandes proporções na Amazon Web Services (AWS), divisão de computação em nuvem da Amazon, afetou centenas de plataformas e serviços online nesta segunda-feira (20), deixando usuários em diversos países sem acesso a sistemas e aplicativos. Segundo o portal Olhar Digital, a operação só foi totalmente restabelecida durante a noite.
O problema começou a ser identificado por volta das 4h11 (horário de Brasília) e atingiu cerca de mil empresas, conforme dados do site DownDetector. No auge da pane, foram registrados mais de 6,5 milhões de relatos de falhas em vários países, tornando o incidente um dos mais extensos do ano.
De acordo com a própria Amazon, a falha ocorreu na região US-EAST-1, onde está localizado um de seus principais data centers, no norte da Virgínia (EUA). A empresa explicou que houve “taxas de erro significativas” no DynamoDB, sistema de banco de dados usado em aplicações de alta demanda, o que acabou comprometendo mais de 60 produtos hospedados na mesma região.
Essa não é a primeira vez que um grande provedor de tecnologia sofre uma interrupção de escala global. Em 2024, uma falha no software da CrowdStrike derrubou parte da internet, paralisando serviços essenciais e causando prejuízos estimados em US$ 5 bilhões. No mesmo ano, a operadora AT&T também enfrentou um apagão de 11 horas, deixando milhões de clientes sem conexão.
Especialistas ouvidos pela CNN alertam que episódios como esse demonstram a vulnerabilidade da internet moderna, cada vez mais concentrada em poucos provedores. Além da AWS, Google e Microsoft dominam o mercado de computação em nuvem, o que faz com que falhas nessas empresas afetem milhões de usuários e organizações simultaneamente.
Corinne Cath-Speth, chefe digital do grupo Article 19, destacou que “a infraestrutura que sustenta o discurso democrático e o jornalismo independente não pode depender de um punhado de companhias”. Já Cori Crider, diretora do Future of Technology Institute, defendeu que países, como o Reino Unido, desenvolvam soluções próprias para reduzir a dependência das gigantes americanas.
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