Expansão do eucalipto no Pará impulsiona indústria sustentável e destaca liderança feminina no agronegócio

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O Pará desponta como um importante polo de produção florestal na Amazônia, com a expansão dos plantios de eucalipto voltados para a indústria madeireira. A cadeia produtiva, que vai do cultivo das mudas até a transformação em chapas de MDF, tem garantido desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade.

Em Paragominas, uma propriedade rural com 30 mil hectares de eucalipto é exemplo desse modelo integrado. O cultivo fornece a matéria-prima para a fabricação de MDF usado na produção de móveis e em obras de construção civil, abastecendo tanto o mercado interno quanto o exterior. Toda a operação é certificada com o selo FSC, que assegura práticas ambientalmente responsáveis e rastreáveis.

Embora ocupe apenas 1% do território nacional  cerca de 10 milhões de hectares, o setor de florestas plantadas movimenta aproximadamente R$ 260 bilhões por ano e emprega mais de 2,6 milhões de pessoas, representando 1,3% do PIB do país. Além do impacto econômico, a atividade contribui para 14 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e prevê ampliar sua área no Pará em 4 milhões de hectares até 2030.

O crescimento do setor florestal também reflete mudanças sociais no campo, especialmente com o aumento da participação das mulheres. O Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA) reforçou a importância do protagonismo feminino em todas as etapas da cadeia produtiva, destacando a presença de lideranças que impulsionam inovação, tecnologia e práticas sustentáveis.

Durante o encontro, o Prêmio Mulheres do Agro reconheceu histórias inspiradoras de produtoras e pesquisadoras. Entre as homenageadas, uma agricultora cearense se destacou na categoria de pequena propriedade pelo cultivo de rosas, simbolizando a força e a diversidade da atuação feminina no agronegócio brasileiro.