Exercícios com aromas podem fortalecer a saúde cerebral, apontam estudos

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A capacidade de sentir cheiros vai muito além do prazer de saborear uma boa refeição ou apreciar o aroma da natureza. Estudos recentes apontam que o olfato desempenha um papel essencial na saúde cerebral, especialmente na prevenção de doenças como Alzheimer e Parkinson.

Com o envelhecimento, ou devido a fatores como tabagismo, poluição e infecções respiratórias, a percepção olfativa tende a diminuir. Essa perda está associada ao declínio cognitivo, alterações de humor e dificuldades de memória. “Nossos cérebros precisam de muita estimulação olfativa para se manterem saudáveis”, afirma Michael Leon, neurobiólogo da Universidade da Califórnia, Irvine.

Pesquisas indicam que exercícios simples — como cheirar especiarias, frutas ou café por 30 segundos, duas vezes ao dia — podem melhorar o humor, fortalecer a memória e até alterar positivamente a estrutura cerebral. Em idosos, o treinamento olfativo mostrou redução de sintomas depressivos e aumento da espessura do hipocampo, área ligada à retenção de informações.

Especialistas recomendam o uso de difusores aromáticos, kits de treino e testes caseiros para detectar precocemente alterações no olfato. A prática, acessível e eficaz, reforça que cuidar do olfato é também uma forma de preservar a saúde mental — e pode começar com um gesto simples: parar para sentir os aromas ao redor.