Eventos climáticos podem afetar distribuição de energia

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O Brasil inicia o verão com reservatórios de hidrelétricas em níveis satisfatórios e uma oferta ampla de fontes renováveis e térmicas prontas para operar. A preocupação no setor concentra-se nas áreas de transmissão e distribuição, alertadas pela Climatempo, devido a eventos climáticos extremos previstos, como ondas de calor, chuvas torrenciais, descargas elétricas e ventos intensos, que podem impactar as linhas de transmissão, resultando em perturbações e quedas de torres.

“O risco de falta de energia devido a problemas climáticos está em constante ascensão, uma vez que, apesar da robustez mantida nas linhas de distribuição e transmissão, os eventos meteorológicos extremos estão se intensificando e se tornando mais frequentes”, avalia Vitor Hassan, Head da vertical Energia da Climatempo. “Essa disparidade ganha proporções desequilibradas quando vemos que os projetos de infraestrutura foram concebidos há anos ou mesmo décadas atrás.”

A geração de energia renovável, dependente de operações a céu aberto, é vulnerável a eventos climáticos extremos, prejudicando operacionalidade, eficiência e planejamento de investimentos a longo prazo. Para assegurar a eficiência das linhas e realizar manutenção estratégica, é essencial um planejamento antecipado e monitoramento de dados meteorológicos. Empresas privadas de meteorologia, como a Climatempo, investem em tecnologias para monitorar riscos climáticos e prever cenários.

“O fenômeno El Niño vai se acentuar entre dezembro e janeiro, fazendo com que as temperaturas fiquem elevadas em boa parte do verão, com a ocorrência de mais dias ensolarados. E esse quadro também provocará muitas pancadas de chuva, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil”, observa Vinicius Henrique de Lima, climatologista da Climatempo.