2 meses atrás
EUA miram riquezas minerais brasileiras como barganha comercial

Em meio às negociações conturbadas entre Brasil e Estados Unidos, um emissário da Casa Branca revelou nesta semana o interesse do governo Trump nas valiosas reservas brasileiras de terras raras. A movimentação pode sinalizar uma tentativa norte-americana de vincular o acesso a esses minerais à flexibilização das tarifas recentemente impostas contra produtos brasileiros.
A resposta do presidente Lula foi firme: reafirmou a soberania nacional sobre os recursos naturais e cobrou respeito por parte dos EUA.
O foco da disputa? Metais estratégicos com alto valor geopolítico e tecnológico.
As terras raras são essenciais para a produção de dispositivos modernos como baterias de carros elétricos, turbinas e até telescópios espaciais. Embora estejam presentes na crosta terrestre, são difíceis de concentrar em grandes quantidades, tornando sua exploração um desafio para diversos países.
Hoje, a China lidera a produção mundial e controla cerca de 70% do mercado global. Os Estados Unidos, por sua vez, dependem fortemente dessas importações e têm buscado alternativas para reduzir essa dependência. Já o Brasil possui a segunda maior reserva conhecida desses elementos, atrás apenas dos chineses, embora sua capacidade de extração represente ainda uma fração mínima da produção mundial.
Com essa vantagem geológica e potencial industrial, o Brasil surge como peça-chave na disputa global pelos metais raros. A parceria com a China, já sinalizada pelo governo brasileiro, preocupa Washington, que agora cogita usar os minerais como moeda de troca para aliviar barreiras comerciais.
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