7h atrás
Estudos apontam caminhos para reduzir emissões de metano na pecuária brasileira
A poucos dias da COP30, estudos recentes indicam que o Brasil ainda está longe de cumprir a meta de reduzir em 30% as emissões de metano até 2030, compromisso assumido na COP26 em Glasgow. Em 2023, o país registrou 20,8 milhões de toneladas de metano, um aumento de 6% em relação a 2020, sendo 75% desse total proveniente da fermentação entérica dos bovinos.
Especialistas apontam que aumentar a produtividade na pecuária é fundamental para reduzir a emissão por animal, permitindo mais produção com menor número de cabeças. Entretanto, dados oficiais sobre o tamanho do rebanho brasileiro podem estar superestimados, o que dificulta estimativas precisas sobre os níveis reais de emissão.
O manejo correto das pastagens é uma das principais soluções. Pesquisas da Unesp mostram que manter o capim com cerca de 25 cm de altura melhora a qualidade da alimentação, fortalece as raízes e aumenta a captura de carbono pelo solo, reduzindo a emissão de metano pelos bovinos.
O uso de suplementos alimentares sustentáveis, feitos a partir de resíduos agrícolas como milho, soja e amendoim, também contribui para reduzir a pegada de carbono, oferecendo proteína e energia aos animais de forma eficiente.
Sistemas integrados de produção, que combinam pecuária, lavouras e árvores, permitem capturar carbono no solo e diversificar a renda dos produtores, além de oferecer sombra e conforto aos animais, sendo adotados de forma crescente no país.
Especialistas reforçam que a adoção dessas estratégias é essencial para que o Brasil avance nas metas climáticas e chegue à COP30 com perspectivas reais de reduzir as emissões de metano da pecuária, principal fonte do gás no país.
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