2 meses atrás
Estudo mostra que variar as plantas no campo ajuda muito a capturar carbono do solo

Pesquisadores ligados à USP descobriram que trocar a monocultura por um mix de plantas pode mais que dobrar a quantidade de carbono que o solo consegue armazenar. O estudo feito no cerrado e nos pampas, com apoio da FAPESP e da Shell, mostrou que técnicas como o plantio direto e a mistura de culturas ajudam a puxar mais gás carbônico da atmosfera, deixando a produção rural mais sustentável.
O projeto é liderado pelo professor Cimélio Bayer da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e envolve pesquisadores da Esalq-USP. Eles estão testando formas mais naturais de cuidar das pastagens pra ajudar no sequestro de carbono. A ideia é usar técnicas como recuperar a vegetação nativa e adaptar sistemas agrícolas ao clima tropical. E tudo isso já tá funcionando bem em áreas que antes só produziam soja ou algodão.
Outra coisa surpreendente: o solo continua guardando carbono por décadas! Mesmo depois de 30, 40 anos com manejo conservacionista, a terra segue acumulando carbono até nas partes mais profundas, demonstrando que dá pra manter esse benefício por muito tempo. Isso muda o jogo na luta contra as mudanças climáticas e dá força pra uma agricultura mais consciente.
Os cientistas também estão estudando como essa matéria orgânica ajuda as plantações a segurar água e manter nutrientes. E mais: estão analisando se raízes ou folhas fazem mais diferença na hora de guardar carbono. Esses resultados podem ser a chave pra uma revolução verde no campo brasileiro.
*Com informações de texto original publicado pela Agência FAPESP
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