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13/11/2025 13h00min - Saúde
2 meses atrás

Estudo mostra que falta de nutriente presente em ovos e carnes pode aumentar a ansiedade


Canva/Grande FM 92,1 ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Um levantamento da Universidade da Califórnia (UC Davis) identificou uma relação entre baixos níveis de colina — nutriente presente em alimentos como ovos, carnes e peixes — e o aumento de sintomas de ansiedade. O trabalho foi publicado na revista Molecular Psychiatry, do grupo Nature, e sugere que uma dieta equilibrada pode ajudar a manter o bom funcionamento cerebral e o controle emocional.

A colina tem papel essencial no organismo, especialmente na produção de acetilcolina, substância responsável por processos de memória e regulação do humor. Os cientistas revisaram 25 estudos que envolveram mais de 700 participantes, entre pessoas com e sem diagnóstico de transtornos de ansiedade. Imagens cerebrais revelaram que o grupo com ansiedade apresentava, em média, 8% menos colina no córtex pré-frontal — região que influencia decisões, emoções e comportamento social.

De acordo com os autores, a redução desse nutriente afeta a comunicação entre o córtex pré-frontal e a amígdala, área do cérebro associada ao medo e ao estresse. Essa alteração pode contribuir para o surgimento de distúrbios como ansiedade generalizada, fobias e síndrome do pânico — condições que atingem cerca de um terço dos adultos nos Estados Unidos.

Como o corpo humano produz pouca colina naturalmente, a principal fonte é a alimentação. Segundo a UC Davis, nove em cada dez pessoas consomem menos do que o ideal — 550 mg por dia para homens e 425 mg para mulheres. Ovos, fígado, carnes magras, peixes, iogurte, batata, grãos integrais e vegetais como brócolis e couve-flor são boas opções para atingir a recomendação.

Os pesquisadores alertam que o aumento do consumo ou o uso de suplementos deve ser feito apenas sob orientação médica. Embora o estudo não comprove efeito direto entre a ingestão de colina e a redução da ansiedade, ele reforça a importância da alimentação na saúde mental. A equipe acredita que avanços nas tecnologias de imagem cerebral poderão, no futuro, ajudar a identificar desequilíbrios químicos e orientar estratégias nutricionais personalizadas.



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