Estudo mostra alerta - Ultraprocessados elevam risco intestinal para a saúde

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Uma pesquisa recente trouxe novos alertas sobre o impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde feminina. O estudo indica que mulheres com menos de 50 anos que mantêm uma dieta rica nesses produtos têm maior probabilidade de desenvolver pólipos intestinais — alterações que podem anteceder o câncer colorretal.

Os pesquisadores analisaram informações de mais de 29 mil participantes de um grande acompanhamento de saúde realizado nos Estados Unidos. Todas as voluntárias registraram hábitos alimentares ao longo dos anos e passaram por exames de colonoscopia sem histórico prévio de pólipos ou câncer.

Durante a investigação, foram identificados mais de mil casos de adenomas convencionais, um tipo comum de pólipo intestinal. As maiores consumidoras de ultraprocessados — com média de quase 10 porções por dia — apresentaram risco cerca de 45% superior em comparação às que consumiam menos, mesmo após ajustes por fatores como peso, exercícios e tabagismo.

Os cientistas lembram que o estudo possui limitações, como o uso de questionários alimentares que dependem da memória das participantes. Ainda assim, os resultados reforçam preocupações já conhecidas: produtos ultraprocessados tendem a ser ricos em aditivos, gorduras e açúcares, além de estarem associados a inflamação, desequilíbrios metabólicos e alterações na microbiota intestinal.

Segundo os autores, os achados não significam que o consumo de ultraprocessados leva diretamente ao câncer. No entanto, os dados ajudam a compreender o crescimento de diagnósticos intestinais em adultos mais jovens e reforçam a importância de escolhas alimentares equilibradas para reduzir riscos a longo prazo.