Estudo destaca a presença de agrotóxicos em maçãs, mas não há motivo para pânico

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Lavar uma maçã antes de comê-la pode parecer suficiente para garantir sua limpeza e segurança para o consumo. No entanto, um novo estudo publicado na revista Nano Letters revela que isso não é suficiente para remover os agrotóxicos presentes na fruta.

O estudo aborda os riscos dos pesticidas para a saúde e investiga qual é o limite seguro para o consumo de produtos contaminados. Além de apresentar uma técnica aprimorada para a detecção de pesticidas em alimentos, os pesquisadores demonstraram que a lavagem das maçãs não é eficaz para a remoção completa dos produtos químicos.

Utilizando essa nova metodologia para examinar a contaminação por pesticidas em maçãs, os especialistas descobriram que os agrotóxicos penetravam além da casca, alcançando a camada da polpa. No entanto, ao remover a casca e a camada superior da polpa, a contaminação foi significativamente reduzida.

Dongdong Ye, professor da Escola Chinesa de Materiais e Química da Universidade Agrícola de Anhui e autor do estudo, afirmou que não há motivo para pânico, mas sugere que as pessoas considerem consumir maçãs sem a casca com mais frequência.

O estudo concluiu de forma inequívoca que "o risco de ingestão de pesticidas provenientes de frutas não pode ser evitado com uma simples lavagem e sem a remoção da casca". Apesar disso, é importante notar que descascar a fruta também reduz seu valor nutricional, uma vez que muitos nutrientes estão concentrados na casca.

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) afirmou que 99% dos produtos testados contêm resíduos de pesticidas dentro dos limites legais de contaminação e que esses níveis não representam um risco para a saúde dos consumidores, sendo considerados seguros.