3 semanas atrás
Estiagem, agravada pelas queimadas, afeta hidrelétricas e encarece contas de luz no Brasil
O Brasil enfrenta uma crise energética causada pela estiagem prolongada que afeta os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, sua principal fonte de energia. Com a falta de chuvas, esses reservatórios atingiram níveis críticos, reduzindo a capacidade de geração de energia hidrelétrica. Como consequência, o país teve que recorrer às usinas termelétricas, que utilizam combustíveis fósseis, como carvão, gás natural e diesel. Essas fontes são mais caras e poluentes, o que encarece a produção de energia e resulta em aumento nas tarifas para os consumidores.
Recentemente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a adoção da "bandeira vermelha patamar 2" para o mês de setembro, a mais alta na escala tarifária. Isso significa que as contas de luz terão uma cobrança extra para cobrir os custos adicionais da geração de energia termelétrica. Essa decisão reflete a gravidade da situação hídrica no país e a necessidade de medidas para garantir o fornecimento de energia em meio à escassez de chuvas. A medida afeta diretamente o bolso dos brasileiros, que já enfrentam um cenário econômico desafiador.
Além da falta de chuvas, o Brasil sofreu com uma onda de incêndios florestais, que agravaram a crise energética. As queimadas, muitas vezes realizadas para expandir áreas de cultivo e pastagem, afetam o ecossistema e o ciclo hidrológico. A destruição do território reduz a capacidade do solo de retenção de água e provoca o escoamento de rios e reservatórios. Isso diminui a capacidade de armazenamento de água e a eficiência das hidrelétricas. Além disso, a fumaça das queimadas pode alterar o clima local, afetando os padrões de chuva e agravando ainda
Outro fator que contribui para o aumento dos custos de energia é a demanda crescente durante períodos de calor intenso. Com as temperaturas mais altas, o consumo de energia aumenta, sobrecarregando o sistema elétrico. Essa sobrecarga pode causar apagões, como os que afetaram recentemente estados como Acre, Rondônia e Roraima, além de grandes centros urbanos como São Paulo e Guarulhos.
A necessidade de novos investimentos em infraestrutura, como o leilão de novas linhas de transmissão previstas para este mês, também adiciona complexidade ao desafio de garantir a segurança energética.
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