3 semanas atrás
Especialista defende que Brasil lidere cooperação militar para fortalecer defesa nacional

A guerra entre Rússia e Ucrânia impulsionou um movimento global de rearmamento, levando países europeus a adotarem estratégias conjuntas para aquisição de equipamentos militares. Um exemplo é a compra de mil blindados por Suécia, Noruega e Lituânia, o que representa um novo estágio na cooperação europeia de defesa. Esse modelo poderia ser utilizado pelo Brasil para fortalecer sua própria estratégia militar.
O especialista Armando Alvares Garcia Júnior destaca que essas compras conjuntas não são apenas acordos logísticos, mas também iniciativas para racionalizar custos, acelerar entregas e fortalecer cadeias produtivas regionais. Para o Brasil, que já possui uma indústria de defesa relevante, essa abordagem pode ser uma oportunidade para repensar suas aquisições militares e ampliar sua influência na área.
Atualmente, o Brasil tem parcerias internacionais importantes, como a colaboração com a Suécia para a produção do caça Gripen. Outro projeto de destaque é o blindado Guarani, desenvolvido em conjunto com a Iveco e fabricado em Minas Gerais. Esses equipamentos já estão sendo exportados para diversos países, demonstrando o potencial da indústria nacional.
Apesar desses avanços, Garcia Júnior aponta que a estratégia brasileira ainda sofre com descontinuidade, dependência orçamentária e falta de coordenação regional. Ele alerta que é necessário um planejamento de longo prazo e uma maior integração com países sul-americanos para tornar o país mais independente e eficiente em suas aquisições militares.
Embora os riscos e ameaças enfrentados pelo Brasil sejam menores do que os da Europa, eles não podem ser ignorados. O país possui extensas fronteiras, participa de missões de paz e precisa proteger a Amazônia. Assim, investimentos estratégicos em defesa são fundamentais para garantir segurança e soberania.
Dessa forma, a maior integração regional e a previsibilidade nos investimentos militares são essenciais para o Brasil fortalecer sua indústria de defesa, alcançar autonomia tecnológica e aumentar sua presença geopolítica. Além da tradição diplomática, o país não deve negligenciar sua capacidade militar, buscando uma posição de liderança na cooperação sul-americana.
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