4 meses atrás
Entenda por que aviões comerciais não equipam passageiros com paraquedas
Se você já viajou ou faz viagens frequentes de avião, está bastante acostumado com esses avisos e até já decorou essas instruções de segurança faladas pelos comissários de voo; “Em caso de despressurização, máscaras cairão automaticamente. Puxe uma delas, coloque-a sobre o nariz e a boca, ajustando o elástico em volta da cabeça, e depois auxilie os outros, caso necessário. Em caso de pouso na água, lembre-se que seu assento é flutuante”.
A ausência de paraquedas em aviões comerciais é uma questão de segurança e praticidade. Embora paraquedas possam salvar vidas em saltos de aviões menores, eles não são viáveis para voos comerciais devido a vários fatores. Em primeiro lugar, aviões como o Boeing 737-800 voam a altitudes muito elevadas, cerca de 10,6 mil metros, e a uma velocidade de 965 km/h. Nessas condições, saltar de paraquedas seria extremamente perigoso, já que a falta de oxigênio e a alta velocidade poderiam causar sérios problemas, como desmaios e dificuldades em controlar o salto.
Outro ponto importante é o custo e o peso dos paraquedas. Um kit completo, incluindo o paraquedas principal, o reserva e outros acessórios, pode pesar cerca de 18 quilos e custar mais de 13 mil reais. Além disso, usar um paraquedas não é simples; requer treinamento específico, o que seria impossível de fornecer a todos os passageiros antes de um voo. Em uma situação de emergência, onde o tempo é curto e o pânico pode tomar conta, seria muito difícil para as pessoas equiparem-se corretamente e saltarem de maneira segura.
Além disso, é preciso considerar a dificuldade de manter a ordem e a calma entre os passageiros durante uma evacuação. Em um momento de desespero, esperar a vez de saltar com um paraquedas seria quase impossível, e qualquer desorganização poderia resultar em tragédias ainda maiores. A ideia de todos saltarem ordenadamente e com sucesso de um avião em queda é, na prática, muito improvável.
Por todos esses motivos, as companhias aéreas preferem investir em outras medidas de segurança, como máscaras de oxigênio e assentos flutuantes, que são mais eficazes e adequados para as situações que podem ocorrer em voos comerciais. Embora a ideia de ter um paraquedas possa parecer reconfortante, na realidade, ela não aumentaria significativamente as chances de sobrevivência em caso de emergência.
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