12h atrás
Encerramento das safras reduz preços de frete agrícola em diversas regiões do país
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					Os preços do transporte de grãos caíram em setembro em importantes rotas agrícolas do Brasil, acompanhando o encerramento das principais colheitas. Segundo o Boletim Logístico de outubro da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o recuo foi observado em estados como Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Distrito Federal, refletindo a menor demanda por transporte após o escoamento das safras.
Em Goiás, a redução seguiu o comportamento sazonal típico do período, marcado por menor volume de cargas. No Distrito Federal, além do fim da colheita da segunda safra de milho, a queda dos custos operacionais e dos combustíveis também contribuiu para a diminuição das tarifas de frete. No Mato Grosso do Sul, a Conab registrou enfraquecimento gradual da demanda por caminhões, influenciado pelo encerramento do escoamento do milho na segunda quinzena do mês.
Em outras regiões, o comportamento variou. Na Bahia, por exemplo, os preços se mantiveram estáveis em Luís Eduardo Magalhães, devido ao equilíbrio entre oferta e demanda, mas subiram em Paripiranga, impulsionados pelo aumento do transporte de milho para o Nordeste. Já na região de Irecê, os valores recuaram com o fim da safra. No Mato Grosso, o mercado apresentou estabilidade, com oscilações pontuais entre as rotas, enquanto no Piauí os preços permaneceram próximos da média dos meses anteriores.
Por outro lado, estados como Maranhão, Paraná e São Paulo registraram alta nos fretes. No Maranhão, o aumento médio foi de 5%, influenciado pelo envio de milho a uma biorrefinaria e a indústrias do Nordeste. No Paraná, a demanda maior elevou os preços em quase todas as praças, e em São Paulo o crescimento foi atribuído à intensificação das exportações diante das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
O boletim da Conab também mostrou queda nas exportações de grãos. As vendas externas de milho atingiram 23,3 milhões de toneladas em setembro, ante 24,3 milhões no mesmo período de 2024. Já as exportações de soja somaram 89,5 milhões de toneladas entre janeiro e setembro, abaixo das 93,8 milhões do ano anterior. Os portos do Arco Norte mantiveram participação expressiva, respondendo por cerca de 40% do volume escoado.
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