Drones com IA revolucionam mapeamento da Amazônia e aceleram identificação de espécies

Siga-nos no

A tecnologia tem se mostrado uma grande aliada no mapeamento de áreas de difícil acesso na Amazônia, como demonstrado em um experimento recente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Drones equipados com inteligência artificial foram utilizados para sobrevoar a floresta e identificar, em tempo recorde, centenas de castanheiras-da-amazônia em uma área de 1.150 hectares. O processo, que normalmente levaria mais de dois meses, foi concluído em pouco mais de duas horas.

Segundo a Embrapa, foram registradas 604 árvores, estabelecendo um novo recorde para o tempo de mapeamento. Tradicionalmente, o levantamento dessa mesma área exigiria uma equipe de cinco profissionais e aproximadamente 73 dias de trabalho. Com os drones e a tecnologia de IA, o tempo de coleta de dados foi drasticamente reduzido, além de garantir maior precisão na identificação das árvores.

O sistema de inteligência artificial utilizado foi treinado com informações de diversas regiões, permitindo a identificação de cerca de 14 mil árvores de outras espécies. A inovação pode contribuir significativamente para a preservação das castanheiras-da-amazônia, que são consideradas símbolo da floresta e possuem grande relevância ecológica, econômica e social.

Essas árvores, que podem atingir até 50 metros de altura, são essenciais para a biodiversidade da região, servindo de abrigo para diversas espécies. No entanto, o desmatamento continua sendo uma grande ameaça à sua existência. Com os novos mapas gerados por meio do monitoramento aéreo, será possível aprimorar estratégias de conservação e garantir uma proteção mais eficiente para essas árvores tão importantes.