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12/12/2025 10h00min - Esporte
1 dia atras

Discussão sobre gramado sintético divide clubes, mas CBF decide manter regra atual


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Fonte: Fonte Grande FM



A CBF decidiu, após reunião do Conselho Técnico nesta quinta-feira (11), manter as regras atuais que permitem o uso de gramados sintéticos no futebol brasileiro. A discussão ganhou força depois que Flamengo e Fluminense pressionaram pela retirada desse tipo de piso, posicionamento reforçado pela nota publicada pelo clube carioca no início da semana com propostas para elevar o padrão dos campos.

Em resposta, Athletico-PR, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras — equipes que utilizam grama sintética — divulgaram um documento defendendo o modelo. Eles argumentam que o Brasil sequer possui uma regulamentação clara sobre gramados e ressaltam que, na prática, muitos gramados naturais em más condições oferecem desempenho inferior às superfícies artificiais.

O Flamengo, por outro lado, sustenta que o gramado sintético não atende às necessidades do futebol de alto rendimento. O clube lembra que as principais ligas europeias e sul-americanas não utilizam esse tipo de piso e afirma que não encontrou, em levantamento recente, jogos de primeira divisão disputados em gramados artificiais nessas competições.

O tema também envolve preocupações com atletas. Segundo o Flamengo, jogadores têm se manifestado abertamente contra a superfície de plástico, alegando risco maior de lesões e impactos na carreira. Estudos reunidos pelo clube reforçam a ideia de que esse tipo de campo pode ser prejudicial à saúde dos profissionais.

Para evitar prejuízo imediato aos clubes que utilizam o sintético, o Flamengo propõe uma transição gradual: substituição dos campos até o fim de 2027 na Série A e até o fim de 2028 na Série B. Durante esse período, o clube sugere que sejam implementados parâmetros mínimos de qualidade, envolvendo critérios como tipo de fibra, amortecimento, densidade e altura da grama.

Além disso, o Flamengo defende a criação de normas rígidas tanto para gramados naturais quanto sintéticos, incluindo padrões de infraestrutura, drenagem, irrigação e testes técnicos como rolagem da bola e rigidez da superfície. Para o clube, apenas com regulamentação oficial será possível garantir um nível uniforme de qualidade nos estádios a partir de 2026.



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