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Desmatamento no Brasil recua 32,4% em 2024, aponta MapBiomas

Em 2024, o desmatamento no Brasil apresentou uma redução de 32,4% em relação ao ano anterior, conforme o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) da rede MapBiomas. Apesar da queda, o país ainda perdeu uma área significativa de vegetação nativa, totalizando 1.242.079 hectares, o equivalente a 3.403 hectares por dia. A maior devastação ocorreu em 21 de junho, com 3.542 hectares desmatados em um único dia.
Nos últimos seis anos, o Brasil acumulou um desmatamento de 9,88 milhões de hectares, sendo a maior parte na região da Amazônia Legal, que perdeu 6,6 milhões de hectares entre 2019 e 2024. Em 2024, cinco biomas registraram queda no desmatamento, com destaque para o Pantanal (-58,6%) e o Pampa (-42,1%). A única exceção foi a Mata Atlântica, que teve um aumento de 2%, impulsionado por eventos climáticos extremos.
O Cerrado manteve-se como o bioma mais desmatado, perdendo 652.197 hectares, com a agropecuária responsável por mais de 97% dos desmatamentos registrados. A região MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) concentrou 75% da devastação no Cerrado e 40% da perda de vegetação total no país. O Maranhão liderou o ranking estadual, seguido por Pará, Tocantins, Piauí e Bahia.
Entre os municípios, São Desidério (BA) e Balsas (MA) foram os que mais desmataram, enquanto Lábrea (AM) subiu para o terceiro lugar. O MapBiomas aponta que a redução do desmatamento pode estar relacionada a três fatores: novos planos de combate em todos os biomas, maior participação dos estados na fiscalização e embargos, e o uso de dados ambientais na concessão de crédito rural.
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