2 meses atrás
Descoberta no planeta K2-18 b - Cientistas encontram moléculas associadas à vida em planeta distante

Moléculas consideradas exclusivas de organismos vivos na Terra foram identificadas em um planeta fora do Sistema Solar, provocando discussões sobre a possibilidade de vida extraterrestre. O planeta K2-18 b, localizado a aproximadamente 124 anos-luz da Terra, foi o foco da pesquisa conduzida pela Universidade de Cambridge e publicada na renomada revista científica The Astrophysical Journal Letters.
De acordo com os cientistas, a atmosfera do planeta apresentou indícios de moléculas como sulfeto de dimetila (DMS) e dissulfeto de dimetila (DMDS), substâncias que, no contexto terrestre, são produzidas por organismos vivos, como fitoplâncton e bactérias. Essa descoberta é vista como uma possível bioassinatura, sugerindo que pode haver vida nos oceanos presentes no K2-18 b.
Apesar das evidências impressionantes, os próprios autores da pesquisa destacaram que ainda não é possível confirmar a existência de vida. Nikku Madhusudhan, um dos líderes do estudo, descreveu este como um momento revolucionário, porém alertou que seria precipitado declarar a presença de vida alienígena sem mais investigações. Ele acredita que novas análises podem confirmar esse sinal em até dois anos.
O K2-18 b, classificado como um planeta sub-Netuno, foi identificado em 2017 e tem características peculiares, como oceanos cobertos por atmosferas ricas em hidrogênio e compostos de carbono. Esse tipo de planeta também é denominado “hiceano”, em referência à combinação de hidrogênio e oceanos.
A pesquisa ganhou força com o uso do telescópio James Webb (JWST), que possibilitou uma análise detalhada da composição química da atmosfera do planeta. Esse avanço levou à identificação de moléculas que reforçam a ideia de que o K2-18 b poderia ser habitável e até mesmo abrigar formas de vida.
Embora as investigações ainda estejam em andamento, a descoberta representa um marco na busca por sinais de vida fora da Terra e pode ampliar a compreensão da frequência com que a vida ocorre na galáxia. Com novas tecnologias e estudos a caminho, os próximos anos prometem trazer respostas mais concretas sobre esse mistério fascinante.
*Fonte: Olhar Digital
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