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31/05/2025 16h00min - Geral
2 dias atrás

Descoberta arqueológica em Salvador revela o maior cemitério de escravizados da América Latina e resgata a memória de grupos marginalizados


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Fonte: Fonte Grande FM



A recente descoberta arqueológica em Salvador revelou um dos maiores cemitérios de escravizados da América Latina, localizado no antigo Cemitério do Campo da Pólvora, sob o estacionamento da Santa Casa. Durante as escavações conduzidas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pela empresa Arqueólogos Pesquisa e Consultoria Arqueológica, ossadas humanas foram encontradas, reforçando a importância do local na memória de populações marginalizadas. O projeto tem acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), garantindo preservação e valorização do patrimônio histórico.

A pesquisa teve início após uma tese de doutorado identificar o local, levando à escavação em 15 de maio. A equipe enfrentou desafios como chuvas intensas e a profundidade inesperada do aterro, exigindo esforços para alcançar a camada natural do solo onde estavam os vestígios ósseos. A arqueóloga Jeanne Dias, coordenadora do projeto, relatou essas dificuldades, destacando a importância de superar obstáculos para garantir o resgate dessas histórias.

O objetivo da iniciativa é preservar e estudar os remanescentes humanos, que possuem alto valor histórico e simbólico. Além disso, a pesquisa pode estimular debates sobre igualdade social e contribuir para a criação de um banco de dados genéticos. Segundo Dias, reconhecer e valorizar esses grupos é essencial para reconstruir uma narrativa histórica que por muito tempo os invisibilizou, resgatando sua dignidade e importância na formação da sociedade brasileira.

As escavações começaram com um ato inter-religioso, marcado pelos 190 anos da Revolta dos Malês, um dos principais levantes de escravizados na Bahia. Pesquisadores acreditam que o cemitério pode conter restos mortais de participantes da Revolta dos Malês, da Revolta dos Búzios (1798) e da Revolução Pernambucana (1817), o que reforça sua relevância para a memória histórica do país.

Enquanto isso, outra descoberta intrigante aconteceu no Canadá, onde um cemitério pré-histórico encontrado na floresta de Alberta pode revelar informações sobre dinossauros. No local, fósseis de Paquirinossauros foram encontrados em grande quantidade, indicando um possível evento catastrófico ocorrido há 72 milhões de anos. Os dinossauros dessa espécie eram parentes do Tricerátops e possuíam características marcantes como chifres e uma protuberância no nariz.

Essas descobertas arqueológicas, tanto no Brasil quanto no Canadá, demonstram a importância da pesquisa para o entendimento da história e da evolução. Enquanto em Salvador o foco está na memória de grupos historicamente marginalizados, no Canadá a busca por respostas sobre a vida dos dinossauros ajuda a entender eventos passados da Terra. Ambas as pesquisas representam avanços significativos na ciência e na preservação da memória histórica.

*Com informações da  BBC



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