Delivery por drones começa a transformar acesso à comida em áreas remotas da Escandinávia

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O delivery de comida por drones está se expandindo para áreas remotas, graças à iniciativa da startup norueguesa Aviant. A empresa começou a operar na ilha de Värmdö, na Suécia, e pretende atender comunidades como Nesodden, na Noruega, que enfrentam dificuldades logísticas para receber entregas convencionais. Os drones da Aviant conseguem voar por até 10 minutos, cobrindo um raio de 10 km, e mantêm a temperatura dos alimentos com recipientes isolados.

O CEO da Aviant, Lars Erik Fagernæs, estima que cerca de 87 mil pessoas nas ilhas próximas a Estocolmo e outras 100 mil na península de Nesodden ainda não têm acesso a serviços de delivery. Desde fevereiro, moradores de Värmdö já podem pedir hambúrgueres via drone, em uma fase de testes que entrega cerca de 10 itens por semana. A empresa planeja expandir para 40 novas bases na Escandinávia e também mira mercados no Canadá e nordeste dos EUA.

Apesar do avanço tecnológico, o serviço enfrenta desafios operacionais, como ventos fortes que podem derrubar os drones. Ainda assim, a expectativa é que o sistema funcione com 90% de eficiência. A proposta tem gerado curiosidade entre os moradores, que descrevem a chegada dos drones como uma experiência futurista.

Outras empresas também exploram o setor, como a britânica Skyports e a alemã Wingcopter. A Skyports já realizou entregas de merenda escolar nas ilhas Orkney, na Escócia, mas reconhece que a viabilidade comercial depende de parcerias estratégicas. A baixa densidade populacional e as longas distâncias tornam o custo elevado sem apoio institucional.

Para contornar esses obstáculos, a Skyports firmou parceria com o correio britânico, utilizando drones que já fazem entregas de correspondência para também transportar alimentos. A segurança aérea é uma preocupação, exigindo autorizações especiais, mas o governo britânico tem demonstrado apoio à expansão do setor, o que pode acelerar a adoção do delivery por drones em larga escala.