Déficit hídrico ameaça lavouras em setembro e outubro

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou o Boletim Agroclimatológico referente aos meses de setembro, outubro e novembro de 2025, trazendo previsões que influenciam diretamente as atividades do campo. O documento apresenta projeções de chuva, temperatura e disponibilidade de água no solo em todas as regiões do país.

Na Região Norte, o trimestre deve ser marcado por chuvas abaixo da média histórica em áreas do Pará e Amazonas, enquanto Acre, Rondônia e Amapá terão volumes mais próximos do normal. As temperaturas tendem a ficar até 2°C acima da média, e o solo deve apresentar baixos níveis de umidade, com recuperação gradual apenas em novembro.

No Nordeste, a previsão é de precipitações abaixo da média em grande parte da região, com destaque para Maranhão, Piauí e Ceará. O calor mais intenso e o solo seco podem limitar o desenvolvimento de culturas de sequeiro, exigindo maior atenção à gestão da irrigação e ao manejo hídrico.

No Centro-Oeste, o Inmet indica chuvas dentro ou ligeiramente acima da média em Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. As temperaturas devem permanecer elevadas, entre 1°C e 2°C acima da média histórica. Em setembro, o déficit hídrico pode reduzir a umidade do solo no leste de Mato Grosso e norte de Goiás, mas a regularização das chuvas, a partir de novembro, tende a favorecer o plantio de soja, milho e pastagens em Mato Grosso do Sul.

Para o Sul, a previsão aponta volumes de chuva acima da média em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com temperaturas também elevadas. A boa umidade do solo deve beneficiar as lavouras de inverno, especialmente trigo, aveia e cevada, contribuindo para a estabilidade da produção na região.