12 meses atrás
Data centers na Europa estão ficando sem espaço e energia para dar conta da IA
Demanda pela tecnologia provocou aumento na procura por espaço e energia para servidores, mas disponibilidade não acompanha
A crescente demanda por inteligência artificial (IA) tem feito desenvolvedoras e big techs lucrarem, mas também vem impondo desafios na Europa: as empresas do setor estão ficando sem espaço e energia elétrica para dar conta da tecnologia.
Os data centers, locais físicos onde a estrutura que move a IA fica alocada, precisam aumentar para comportar a estrutura, frente a escassez das possibilidades de expansão.
Data centers vs. demanda por IA
Como reportou a Reuters, grandes empresas, como Amazon, Microsoft, Google, Meta, Oracle e ByteDance (dona do TikTok), estão expandindo suas estruturas o mais rápido que podem. Ainda assim, a disponibilidade de espaços e de acesso à eletricidade necessária para abastecer a IA não estão acompanhando o mesmo ritmo.
A CBRE, empresa que dirigiu pesquisa sobre os data centers na Europa, revelou que as taxas médias de disponibilidade de espaço nos maiores mercados do continente (Frankfurt [Alemanha], Londres [Inglaterra], Amsterdã [Holanda], Paris [França] e Dublin [Irlanda]) cairão para novo recorde mínimo de 8,2% este ano. No ano passado, a taxa já havia fechado em recorde mínimo de 10,6%.
Outros mercados secundários (Berlim [Alemanha], Milão [Itália], Zurique [Suíça] e Varsóvia [Polônia]) aumentaram em mais de 10% este ano, mas também estão diminuindo no panorama geral.
Negócios na Europa
Apesar de isso parecer bom para o mercado imobiliário europeu, Kevin Restivo, diretor da pesquisa, diz que há menos espaço para os negócios;
Já Stijn Grove, dirigente da Associação Holandesa de Data Centers, diz que a suposta “soberania” europeia na computação em nuvem e na IA não são realistas;
Isso porque mesmo os maiores operadores de tecnologia da Europa ainda não são do tamanho das empresas estadunidenses ou chinesas, tanto em poderio, quanto em serviços;
Ele diz que Amazon, Microsoft e Google têm influência o suficiente para pagar pela escassez de espaço e de energia nos data centers. Já as players europeias, não – e não há plano para resolver isso.
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