3 anos atrás
Copa, Black Friday e Natal devem injetar mais de R$ 20 bi na economia
Bens duráveis, vestuário, maquiagem, alimentação, bares e restaurantes devem ser os mais impactados pelos eventos

Eventos esporádicos acontecerão perto de datas importantes para o comércio em 2022. No fim do ano, além do Natal e da Black Friday, dias que tradicionalmente movimentam a economia, haverá a Copa do Mundo, em novembro. Essas datas comemorativas devem aumentar as vendas em 12%, em comparação às do primeiro semestre, segundo dados da ABV (Associação Brasileira do Varejo), além de injetar mais de R$ 20 bilhões na economia.
A proximidade entre o início da Copa do Mundo e a Black Friday, que acontece em 25 de novembro, somente cinco dias depois de o evento esportivo começar, deve impulsionar ainda mais as vendas.
Segundo o professor de empreendedorismo e marketing da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) Artur Motta, especialista em varejo, a melhora no cenário econômico também vai favorecer o comércio. "A redução do preço dos combustíveis, o aumento da empregabilidade e a queda da inflação são fatores que podem ajudar nesse movimento no fim de ano e alavancar as vendas", afirma Motta.
A Copa do Mundo vai acontecer, excepcionalmente, entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro, por conta das altas temperaturas no Catar em julho, país-sede do evento. "O mundial é uma paixão nacional e envolve uma grande mobilização popular, mas a aquecida no consumo é marginal quando se compara ao Natal e à Black Friday, porque os jogos acontecem em um momento específico", afirma Motta.
A expectativa é que, com a Copa do Mundo, 60 milhões de pessoas gastem no comércio ou contratem serviços para acompanhar o evento esportivo, e R$ 20,3 bilhões devem ser injetados na economia brasileira.
Os eletromésticos também costumam registrar aumento nas vendas, principalmente de televisores, home theaters e cervejeiras, além da área de alimentação que é outro setor beneficiado.
A movimentação na economia começa com as eleições. "Nós temos agora, daqui até o fim do ano, uma agenda bem apertada. O primeiro evento são as eleições, que podem não movimentar o consumo diretamente, mas colaboram com outros setores, como papel e plástico para adesivos e santinhos, por exemplo", afirma Marcelo Reis, diretor-executivo da consultoria MR16 e especialista em vendas.
Fonte: R7
•