4h atrás
Consumo de açucar - Cientistas alertam sobre riscos de vício e impacto na saúde

O açúcar tem uma longa história, com raízes na civilização árabe dos séculos VII e VIII, onde começou a paixão por doces e sorvetes açucarados. A palavra “açúcar” deriva do árabe “sukkar”, chegando à Europa após as Cruzadas do século XI. Na época, doces eram mais utilizados como estimulantes do que como guloseimas.
Atualmente, o açúcar é onipresente na alimentação moderna. Nos Estados Unidos, mais de 60% dos produtos vendidos nos supermercados contêm açúcar adicionado, incluindo itens considerados saudáveis, como saladas e granolas. A quantidade ingerida diariamente pelos americanos pode ultrapassar 17 colheres de chá.
Esse alto consumo tem sido associado ao aumento de doenças como obesidade e diabetes. Mesmo alimentos aparentemente inofensivos, como sopas e refrigerantes, contêm grandes quantidades de açúcar, contribuindo para padrões alimentares que impactam a saúde global.
A neurociência sugere que o açúcar pode provocar mudanças cerebrais semelhantes às causadas por substâncias químicas viciantes. Isso levanta dúvidas sobre sua classificação como droga, já que ele não age diretamente nas vias dopaminérgicas como a nicotina ou a cocaína. Alguns especialistas defendem que a dependência está mais ligada ao prazer sensorial do consumo.
Mesmo que o açúcar não seja considerado uma droga, seu consumo excessivo causa diversos problemas de saúde. Estudos indicam que ele pode contribuir para fadiga, transtornos neurológicos e até doenças como Alzheimer. Além disso, pesquisas mostram que uma alta ingestão pode aumentar riscos de depressão e ansiedade.
Vencer o vício em açúcar pode exigir múltiplas estratégias, incluindo mudanças alimentares e terapia cognitivo-comportamental. Reduzir gradualmente os açúcares e consumir mais proteínas e fibras são formas eficazes de minimizar impactos negativos. No entanto, muitas pessoas encontram dificuldades para controlar o consumo sem apoio externo.
Governos ao redor do mundo vêm implementando medidas para reduzir a ingestão de açúcar, como impostos sobre produtos açucarados. Embora algumas dessas iniciativas tenham sido eficazes, a solução ideal pode ser um esforço maior para taxar amplamente os alimentos ultraprocessados e incentivar hábitos alimentares mais saudáveis.
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