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17/05/2024 17h20min - Tecnologia
9 meses atrás

Conheça o primeiro super iate do mundo movido a hidrogênio


Imagem: Divulgação/Feadship ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Um estaleiro holandês presenciou, nos últimos dias, uma grande vitória para os defensores dos combustíveis fósseis. A base da Feadship, em Amsterdã, se abriu no dia 4 de maio para permitir a passagem do chamado Projeto 821, o primeiro super iate com célula de combustível de Hidrogênio do mundo.

A embarcação demorou quase 5 anos para sair do papel. E ficou belíssima. São quase 120 metros de comprimento de puro luxo, com 5 decks, 2 quartos bem espaçosos, banheiros, vestiários, um ginásio, dois escritórios cada um com lareira e sala de estar, área verde, sala de jantar, piscina, biblioteca e até uma área reservada para jacuzzi.

A grande sacada da iniciativa, porém, foi abraçar a tecnologia verde.

As células de combustível de hidrogênio existem desde que as missões Apollo foram à Lua, durante a Corrida Espacial. Mas elas nunca tiveram muita aplicação no setor marítimo – pelo menos não em grande escala.

O Projeto 821 serve para mostrar que, sim, é possível usar esse sistema em iates de grande porte, ao mesmo tempo em que revelou algumas fragilidades.

As dificuldades do hidrogênio

Serei sempre um grande defensor da tecnologia sustentável, até porque acredito nos cientistas que nos alertam sobre os riscos do aquecimento global.

Isso, no entanto, não pode fazer com que eu ignore alguns pontos fracos do Projeto 821.

A começar pela estrutura.

Um dos maiores obstáculos foi desenvolver uma forma de armazenar hidrogênio líquido abaixo do convés, a -253°C.

A solução encontrada foi criar um tanque de armazenamento criogênico de parede dupla, só que ele ocupa muito espaço.

Para você ter uma ideia, esse tanque criogênico é 10 vezes maior do que um tanque normal de diesel.

E é muito mais caro para ser construído também.

Ou seja: não é barato, é espaçoso e existe a dificuldade de precisar armazenar o hidrogênio a uma temperatura de -253°C.

Sem potência

Outro agravante é que a célula de hidrogênio não tem uma boa força de propulsão. Esse combustível verde só consegue lidar com passagens muito curtas a menos de 10 nós (18 km/h), como entrar e sair do porto ou passar por áreas ecologicamente protegidas.

Para trajetos longos e que precisam de velocidade, os marinheiros do Projeto 821 precisaram recorrer a outras fontes de combustível, como o metanol ou o HVO.

A solução encontrada foi utilizar o hidrogênio para o que eles chamam de carga hoteleira do iate. Isso significa toda a energia gasta com a TV ligada, ou o ar- condicionado ou qualquer outro aparelho eletrônico.

E, que fique claro, não estou aqui dizendo que esse tipo de tecnologia não serve. Serve, tanto que o iate já está navegando por aí. O ideal, no entanto, seria tornar essas células de combustível mais acessíveis – para que não fiquem restritas a esses veículos de super luxo.

O Projeto 821 será colocado à venda pelos seus criadores. O preço, porém, ainda não foi divulgado.

Fonte: Olhar Digital / informações são do New Atlas 



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Grande FM
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