2 dias atrás
Concreto desafia o asfalto e ganha espaço nas rodovias brasileiras pela durabilidade e economia

O concreto começa a ganhar espaço nas rodovias brasileiras, desafiando a predominância do asfalto. Com uma vida útil de até 30 anos, o pavimento rígido promete maior durabilidade e menor necessidade de manutenção, além de apresentar vantagens ambientais. A mudança é impulsionada pelo aumento do preço do ligante asfáltico e pelos impactos das mudanças climáticas, que tornam o asfalto mais vulnerável a altas temperaturas.
A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) aponta que o pavimento de concreto pode ser até 40% mais econômico no longo prazo, reduzindo custos com reparos frequentes. Além disso, o concreto reflete mais radiação solar, diminuindo a formação de ilhas de calor nas cidades. Estados como Paraná e Santa Catarina já adotaram essa tecnologia em rodovias estratégicas, e a expectativa é que seu uso dobre nos próximos dez anos.
Apesar das vantagens, a pavimentação em concreto enfrenta desafios, como o custo inicial elevado e a necessidade de profissionais qualificados para execução e fiscalização. O tempo de cura do material, que demanda mais dias antes da liberação ao tráfego, também é um fator considerado nos projetos de infraestrutura.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) prevê um crescimento gradual da pavimentação rígida na malha federal, que pode chegar a 10% nos próximos anos. Além da durabilidade, o impacto ambiental também pesa na decisão, já que o concreto contribui para a redução da emissão de poluentes e do aquecimento urbano.
O avanço do concreto nas rodovias brasileiras levanta questões importantes sobre os custos, a adaptação às condições climáticas e a capacitação técnica necessária para garantir a qualidade das obras.
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