2 meses atrás
Como reservatórios inteligentes estão revolucionando a irrigação no Brasil

A tecnologia dos embalses inteligentes com geomembranas está revolucionando o agronegócio brasileiro, especialmente nas regiões secas do país. Capaz de reduzir perdas de água em até 98% e aumentar a produtividade agrícola em até 300%, essa solução está se tornando essencial para agricultores familiares e grandes produtores.
Estudos da Embrapa e empresas especializadas como a Fitec Ambiental mostram que a tecnologia é uma resposta prática aos desafios climáticos, como as secas prolongadas no Semiárido Nordestino, e tem sido cada vez mais adotada, com crescimento de 22% só nos primeiros meses de 2025.
Os embalses inteligentes consistem em reservatórios revestidos com geomembranas, mantas sintéticas de Polietileno de Alta Densidade que impedem a infiltração de água no solo. Além disso, incorporam sensores conectados à Internet das Coisas (IoT) e sistemas de inteligência artificial (IA) que automatizam a irrigação e monitoram o nível da água com precisão.
Com essa eficiência, é possível economizar até 60% nos custos de energia ao evitar o bombeamento excessivo. O mercado brasileiro de geomembranas reflete esse avanço, com projeções de crescimento significativas entre 2024 e 2029.
Diversos estudos acadêmicos já comprovaram a eficácia e durabilidade do sistema, com destaque para pesquisas da Universidade de Brasília, Universidade Federal do Paraná e relatórios da Embrapa.
Empresas como Fitec Ambiental, Lonax, Geossintec e Nortene estão na linha de frente da oferta dessas soluções, investindo em produtos como a Polimanta Agro e em projetos voltados para irrigação sustentável. Especialistas do setor vêm promovendo práticas de instalação seguras e eficazes.
O futuro da gestão hídrica no campo está cada vez mais ligado à inteligência artificial, com sistemas que usam dados de sensores e imagens de drones para prever com precisão a necessidade de água das lavouras.
Startups também estão investindo pesado, como mostra o aporte de US$ 75 milhões recebido em 2025 por uma empresa voltada ao desenvolvimento de uma plataforma de IA capaz de reduzir o consumo de água em até 30%.
Essa combinação de tecnologia e eficiência é vista como um dos pilares para garantir a sustentabilidade do agronegócio brasileiro diante das mudanças climáticas.
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