Como a desvalorização externa está mudando o jogo no Brasil

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Com a entrada da safra 2023/24 nos Estados Unidos e a consequente desvalorização externa, os preços da soja no Brasil estão enfrentando um período de enfraquecimento. Esta tendência é notável nos mercados agrícolas brasileiros nas últimas semanas. No entanto, é importante destacar que a firme demanda internacional pela oleaginosa brasileira tem sido um fator crucial na contenção da queda dos preços domésticos. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as exportações de soja do Brasil têm sido excepcionais neste ano, atingindo níveis recordes.

De acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) compilados pelo Cepea, o país já enviou 87,25 milhões de toneladas de soja para o exterior na parcial deste ano, que compreende o período de janeiro a setembro. Esse volume representa um aumento significativo de 10,8% em relação a todo o ano de 2022, que abrangeu de janeiro a dezembro. É importante ressaltar que este é um marco histórico para os nove primeiros meses do ano.

Especificamente no mês de setembro, as exportações atingiram a impressionante marca de 6,4 milhões de toneladas de soja, estabelecendo um novo recorde para este mês. Esse valor é 60% superior ao volume exportado no mesmo período do ano anterior, demonstrando a crescente demanda pelo produto brasileiro no cenário internacional.

Portanto, apesar da desvalorização externa ter exercido pressão sobre os preços da soja no mercado brasileiro, a robusta demanda global pela oleaginosa tem sido um fator de estabilidade, impedindo uma queda mais acentuada. Com a continuidade da safra e a manutenção dessa demanda sólida, o mercado de soja no Brasil continua a desempenhar um papel fundamental na economia agrícola do país, gerando oportunidades e desafios para produtores e exportadores. É importante acompanhar de perto os desenvolvimentos nesse setor dinâmico e estratégico para a economia brasileira.