Clima e aumento do consumo devem manter preço do café em alta

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O preço do café deve continuar subindo nas próximas semanas até a colheita da safra deste ano, que começa entre abril e maio, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). As principais causas são eventos climáticos adversos e o aumento do consumo mundial, incluindo a entrada da China como novo mercado consumidor. Este impacto nos preços deve durar mais dois ou três meses antes de se estabilizar, com uma queda prevista apenas para a safra do próximo ano.

Desde novembro do ano passado, os preços vêm subindo, não apenas no Brasil, mas também globalmente. O Brasil é o principal exportador mundial, com quase 40% da produção global, seguido pelo Vietnã e Colômbia.

Nos últimos anos, eventos climáticos como geadas, El Niño e La Niña afetaram a safra brasileira, aumentando os custos de produção e, consequentemente, os preços. Este ano, a safra será ligeiramente menor que a do ano passado, e os custos elevados foram repassados aos consumidores, com aumentos superiores a 200% para a indústria e 38% para os consumidores.

Os principais contratos de café arábica na Bolsa de Nova York atingiram valores históricos, chegando a US$ 3,97 a libra-peso. A Abic espera que a colheita deste ano ajude a estabilizar os preços, com expectativas altas para a safra do próximo ano.

O consumo de café no Brasil cresceu 1,11% entre novembro de 2023 e outubro de 2024. O Brasil, além de maior produtor e exportador, é o segundo maior consumidor mundial. A indústria de café torrado faturou R$ 36,82 bilhões no mercado interno em 2024. O preço da matéria-prima aumentou 224% nos últimos quatro anos, e o preço do café no varejo subiu 110%, com uma variação de 37,4% no último ano.

*Fonte: Agência Brasil