3 anos atrás
Cigarro eletrônico pode causar arritmia, sugere estudo
Em modelos animais, cientistas observaram que exposição a aerossóis dos vapers foi capaz de alterar batimentos cardíacos

Um trabalho conduzido por cientistas da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, e publicado nesta terça-feira (25) na revista Nature Communications sugere que o uso de cigarros eletrônicos pode desencadear arritmias (batimentos irregulares do coração) e disfunção elétrica cardíaca.
Eles utilizaram modelos animais e constataram que a exposição aos produtos químicos dos dispositivos causou batimentos cardíacos prematuros e batimentos cardíacos pulados.
"Nossas descobertas demonstram que a exposição de curto prazo aos cigarros eletrônicos pode desestabilizar o ritmo cardíaco por meio de produtos químicos específicos nos líquidos eletrônicos", alerta em um comunicado o coordenador do estudo, professor Alex Carll, do departamento de fisiologia da universidade.
O pesquisador destaca que "o uso de cigarros eletrônicos com certos sabores ou veículos solventes pode interromper a condução elétrica do coração e provocar arritmias".
"Esses efeitos podem aumentar o risco de fibrilação atrial ou ventricular e de parada cardíaca súbita", complementa.
Foram usados nos testes os principais ingredientes dos líquidos que compõem os cigarros eletrônicos, como propilenoglicol sem nicotina e glicerina vegetal, além de líquidos com sabor com nicotina.
No artigo, os pesquisadores descrevem que a frequência cardíaca dos animais diminuiu durante as exposições ao sopro e acelerou, à medida que a variabilidade da frequência cardíaca diminuiu, o que indica respostas ao estresse de luta ou fuga.
Outro achado foi que a inalação de cigarro eletrônico sabor mentol ou com propilenoglicol causou arritmias ventriculares e outras irregularidades elétricas no coração.
O professor Aruni Bhatnagar, da divisão de medicina ambiental da Universidade de Louisville, afirma que essa é mais uma comprovação do perigo dos cigarros eletrônicos para a saúde.
"Isso é altamente preocupante, dado o rápido crescimento do uso de cigarros eletrônicos, principalmente entre os jovens."
Em julho deste ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) manteve a proibição da importação e venda de dispositivos eletrônicos para fumar.
Mesmo assim, esses produtos continuam sendo comercializados sem nenhum impedimento, especialmente na internet.
Fonte: R7
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