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China inaugura primeiro data center subaquático movido por energia eólica e revoluciona computação sustentável
A China concluiu a construção do primeiro data center subaquático do mundo movido majoritariamente por energia eólica. Localizado no Mar da China Oriental, próximo à costa de Xangai, o projeto custou cerca de US$ 226 milhões e foi desenvolvido pela empresa HiCloud. A unidade, com capacidade de 2,3 megawatts, está submersa a aproximadamente 10 quilômetros da área especial de Lingang, região estratégica para o desenvolvimento tecnológico.
O HiCloud Underwater Data Center é abastecido em mais de 95% por turbinas eólicas offshore, com o restante da energia vindo de sistemas de backup. Um dos principais diferenciais do projeto é o uso da água do mar para resfriamento dos servidores, eliminando o consumo de água potável e reduzindo em até 23% o gasto total de energia. O índice de eficiência energética (PUE) alcançado foi de 1,15, superando a meta nacional chinesa de 1,25 para grandes centros de dados.
A iniciativa é resultado de testes iniciados em 2021, com um protótipo submerso próximo à Ilha de Hainan. Em 2023, o projeto avançou para uma operação completa e, em 2025, recebeu 400 servidores de alto desempenho. A instalação em Xangai marca um novo patamar ao se conectar diretamente a parques eólicos, ampliando significativamente sua capacidade operacional.
Além de armazenar dados, os servidores subaquáticos serão utilizados para treinar modelos de inteligência artificial, apoiar redes 5G e processar informações de setores industriais e do comércio digital. O governo de Xangai pretende investir cerca de US$ 28 bilhões até 2027, com o objetivo de atingir 200 exaflops de poder computacional, colocando o sistema entre os mais potentes do mundo.
O projeto é fruto da colaboração entre diversas empresas, incluindo HiCloud, Shenergy Group, Shanghai Telecom, Shanghai INESA e CCCC Third Harbor Engineering. Juntas, essas organizações estão desenvolvendo uma rede subaquática com capacidade de 500 megawatts, posicionando a China como referência global em infraestrutura de nuvem sustentável.
Com a próxima fase prevista para alcançar 24 megawatts, o data center submerso representa uma nova abordagem para a computação em larga escala. A combinação entre inovação tecnológica e respeito ao meio ambiente reforça o compromisso chinês com soluções energéticas limpas e eficientes.
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