Carros híbridos flex vão crescer no Brasil com Etanol feito até de milho

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Novos investimentos da indústria automobilística brasileira, totalizando impressionantes R$ 66 bilhões apenas em 2024 e atingindo a marca de R$ 117 bilhões desde 2021, estão apontando uma direção clara para o futuro: os carros híbridos a etanol, conhecidos como híbridos flex, estão ganhando destaque e moldando a pesquisa e o desenvolvimento do setor.

O crescente interesse nesse tipo de veículo é impulsionado não apenas pelo vasto conhecimento acumulado no uso do etanol, mas também por experimentações recentes com outros biocombustíveis. Em um movimento emblemático, a Volkswagen anunciou um investimento significativo de R$ 9 bilhões entre 2024 e 2028, focado principalmente no desenvolvimento de uma nova plataforma dedicada a carros híbridos que podem ser alimentados com etanol.

Seguindo essa tendência, o presidente global da Hyundai, Eui-sun Chung, revelou um aporte de US$ 1,1 bilhão (aproximadamente R$ 5,5 bilhões) para a produção de veículos eletrificados no Brasil. Além disso, a Stellantis anunciou recentemente um investimento robusto de R$ 30 bilhões em 40 novos produtos, muitos deles voltados para a tecnologia híbrida.

Em uma entrevista ao Valor, o presidente mundial da Scania, Christian Levi, expressou otimismo em relação ao uso crescente de resíduos agrícolas para a produção de biocombustíveis no Brasil. Levi destacou que esse tema está chamando a atenção de países do sul da Europa e foi discutido no Fórum Mundial de Davos, em janeiro, como parte das conversas sobre mudanças climáticas.