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08/10/2025 18h30min - Geral
3h atrás

Brinquedos vendidos no Brasil apresentam substâncias tóxicas em concentrações maiores do que é permitido


Canva/Grande FM 92,1 ► 
Fonte: Fonte TV Cultura / UOL



O dia das crianças está chegando e é importante ficar atento à qualidade dos brinquedos com que elas brincam.

Um estudo feito pela Universidade de São Paulo e pela Universidade Federal de Alfenas indica que produtos vendidos no Brasil têm substâncias tóxicas em concentrações maiores do que é permitido.

A pesquisa avaliou 70 brinquedos plásticos destinados a crianças de até 12 anos e vendidos na cidade de Ribeirão Preto, interior paulista. O estudo constatou a presença de 21 elementos que, em grandes quantidades, podem ser nocivos.

Foram encontradas concentrações de até 15 vezes acima do limite permitido pelo Inmetro.

- Quase metade (44,3% ) das amostras continham bário, elemento capaz de causar problemas cardíacos e neurológicos, como arritmias e paralisias.

 Uma em cada três continha chumbo (32,9%), metal que pode provocar danos neurológicos irreversíveis, déficits de memória e redução do QI.

- Uma em cada quatro (24,3%) apresentou traços de antimônio, associado a distúrbios gastrointestinais.

- Uma em cada cinco (20%) tinha cromo, substância com potencial cancerígeno.

Fernando Barbosa, pesquisador responsável pelo estudo, não é possível constatar a olho nu se o brinquedo está contaminado ou apresenta uma quantidade excessiva de substâncias nocivas.

“O que eu recomendaria é que, ao fazer a compra, o consumidor se atenta a alguns fatos. Por exemplo, se o brinquedo apresenta o selo de garantia do Inmetro (...) ou, se esse brinquedo apresenta alguns sinais, por exemplo, de deterioração, porque grande parte da desses contaminantes está presente nesses brinquedos através de uso de tintas e pigmentos na estrutura”, comenta.

Em São Paulo, o Instituto de Pesos e Medidas, o Ipem, realiza o trabalho de verificar itens que precisam ser certificados pelo Inmetro, órgão federal que garante a segurança de cerca de 500 produtos.

Dos 115 mil (115.080) brinquedos verificados pelo Ipem-SP nos primeiros nove meses do ano, quase três mil (2.961) estavam irregulares.

Produtos encontrados em estabelecimentos do estado de SP sem o selo do Inmetro são apreendidos e levados a galpões do Ipem. Depois de comprovado que os materiais estão fora das normas, eles são inutilizados e destinados à reciclagem. Entre esses itens estão brinquedos, que podem apresentar riscos de intoxicação para as crianças.

Embora seja raro que aconteça uma intoxicação aguda, o contato com substâncias impróprias em brinquedos tem potencial de provocar ainda mais danos em organismos em desenvolvimento, como o das crianças.

“Embora as quantidades sejam pequenas, a exposição crônica, principalmente o ato de levar o objeto à boca, o contato com a mucosa, pode fazer uma absorção maior”, alerta o presidente do Departamento de Toxicologia e Saúde Ambiental da Sociedade Brasileira de Pediatria, Rinaldo Tavares.



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