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28/04/2025 16h00min - Agronegócio
2 semanas atrás

Brasil se prepara para abrigar a maior fazenda de cacau do mundo


Canva/Grande FM 92,1 ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Um ambicioso projeto pode transformar o Brasil em um dos maiores produtores globais de cacau. O fazendeiro Moisés Schmidt planeja investir cerca de US$ 300 milhões para criar a maior fazenda de cacau do mundo, localizada na Bahia. 

A expectativa é que a produção alcance até 1,6 milhão de toneladas do fruto em uma área de 500.000 hectares ao longo da próxima década.

O investimento surge como resposta à crise mundial na oferta de cacau, impactada por pragas, mudanças climáticas e plantações envelhecidas, especialmente nos principais países produtores da África. 

A escassez resultou na disparada dos preços, que triplicaram em 2024 e chegaram ao recorde de US$ 12.931 por tonelada métrica em dezembro. Atualmente, o cacau é vendido a cerca de US$ 8.200, ainda bem acima da média histórica.

Parcerias estratégicas impulsionam o projeto

Desde 2019, Schmidt vem ajustando suas propriedades – antes destinadas ao cultivo de soja, milho e algodão – para a produção de cacau. Ele prevê que o Brasil se tornará uma referência mundial no setor e já busca parceiros estratégicos para viabilizar a iniciativa. 

A Cargill, uma das gigantes globais do comércio de commodities, firmou um acordo preliminar para dar início à plantação em 400 hectares.

Outras grandes empresas também demonstram interesse. A Barry Callebaut, líder mundial no fornecimento de cacau e chocolate, fechou parceria com agricultores brasileiros para desenvolver uma fazenda de cacau de 5.000 hectares na Bahia. Já a Mars, empresa por trás das marcas Snickers e M&Ms, realiza estudos na região para possíveis investimentos futuros.

Produção em larga escala e inovação agrícola

O plano prevê uma abordagem inovadora, com uma alta densidade de plantio: 1.600 árvores por hectare em uma propriedade de 10.000 hectares no município de Riachão das Neves, oeste da Bahia. Diferentemente das fazendas tradicionais, que utilizam cerca de 300 árvores por hectare, Schmidt aposta em um modelo de produção intensiva para elevar a produtividade.

A mecanização será outro diferencial. Técnicas utilizadas no cultivo de grãos, como soja e milho, serão adaptadas para o cacau. No entanto, o maior desafio é viabilizar o cultivo sem sombra parcial, característica comum nas plantações convencionais. A equipe do fazendeiro está testando novas variedades de cacaueiros que possam prosperar a céu aberto, aumentando a carga de frutos e viabilizando o modelo de negócio.

*Fonte: Olhar Digital



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