Brasil precisa ser mais competitivo em indústria e comércio

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O Brasil precisa enfrentar o problema de falta de competitividade da sua indústria e do seu comércio exterior, diz Tatiana Prazeres, Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Ela participou do evento de lançamento do estudo “Exportações dos Estados Brasileiros para a China: Cenário Atual e Perspectivas para Diversificação” pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

 “O fato de a China ser um grande importador de produtos brasileiros não é um problema e não deve ser visto como tal, isso é uma oportunidade. O alto grau de concentração das exportações é o que preocupa, além da perda de relevância do Brasil em mercados que tradicionalmente são destinos de exportação de produtos de maior valor agregado”, ponderou Prazeres.

No entanto, ela defendeu uma visão realista e ressaltou que o comércio sino-brasileiro não mudará no curto prazo. Segundo ela, o que se pode fazer é investir de forma efetiva em nichos, setores e produtos que apresentam oportunidade de exportação para o gigante asiático apresentados pelo estudo do CEBC.

O estudo foi escrito pelo especialista em comércio exterior, Fabrizio Panzini. Segundo ele, a diferença de escala e competitividade é um dos principais obstáculos existentes em um possível acordo de livre comércio com a China. Por isso, “as decisões feitas pelos governos brasileiros em focar em temas não tarifários, como cooperação e sustentabilidade, são importantes para desviar de tais obstáculos”, apontou Panzini.

Ele sugeriu ainda que o Brasil deve investir em uma decisão de política industrial de adensamento de cadeias industriais que acompanhem as políticas internacionais, e os investimentos chineses no país podem favorecer essa possível política industrial brasileira.

Fonte: Agrolink