2h atrás
Brasil precisa dobrar investimento em infraestrutura, aponta estudo

O Brasil enfrenta um grave déficit estrutural em infraestrutura e precisa dobrar seus investimentos no setor para alcançar a média global. Essa constatação vem do estudo “Raio-x do Setor de Infraestrutura Brasileiro 2025”, divulgado pelo Sinicon e Firjan durante o Rio Construção Summit. O país ocupa a 62ª posição entre 67 países em desenvolvimento, com investimentos médios de apenas 2,31% do PIB nos últimos 15 anos, abaixo da taxa de depreciação dos ativos.
Segundo o gerente de Infraestrutura da Firjan, Isaque Ouverney, o setor da construção pesada é estratégico para o Brasil, não apenas pela geração de empregos e riqueza, mas também pelo impacto na cadeia produtiva e na competitividade nacional. Ele defende a elaboração de bons planos setoriais para reduzir o atraso em relação aos países desenvolvidos e atender às demandas futuras.
O diretor-executivo do Sinicon, Humberto Rangel, destacou que o estoque de infraestrutura do Brasil representa apenas 35% do PIB, enquanto o ideal seria atingir cerca de 60%. Para manter o nível atual, seriam necessários investimentos equivalentes a 2% do PIB, mas o país precisa ir além para se equiparar às nações desenvolvidas. Ele defende que a infraestrutura seja tratada como prioridade nacional.
O diretor-executivo do Sinicon, Humberto Rangel, destacou que o estoque de infraestrutura do Brasil representa apenas 35% do PIB, enquanto o ideal seria atingir cerca de 60%. Para manter o nível atual, seriam necessários investimentos equivalentes a 2% do PIB, mas o país precisa ir além para se equiparar às nações desenvolvidas. Ele defende que a infraestrutura seja tratada como prioridade nacional.
O estudo também aponta desafios históricos que comprometem a competitividade e a qualidade de vida. As rodovias estão em condições precárias, com 53% apresentando problemas, gerando prejuízos logísticos de R$ 8,8 bilhões por ano. No saneamento, 32 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável e mais de 90 milhões vivem sem coleta de esgoto adequada.
Outros gargalos incluem a logística, com ferrovias subutilizadas, portos congestionados e rede metroferroviária insuficiente; e as telecomunicações, que, apesar dos avanços tecnológicos, ainda apresentam desigualdade de acesso, especialmente em áreas rurais e periféricas. Esses fatores limitam o desenvolvimento e a integração nacional.
Além disso, o Brasil perdeu relevância no mercado global de engenharia, com queda de 60% no faturamento das construtoras brasileiras no exterior entre 2013 e 2022, resultando na perda de mais de 4 milhões de empregos. A principal causa foi a redução do financiamento à exportação de serviços, especialmente pelo BNDES. O estudo conclui que ampliar os investimentos em infraestrutura é vital para destravar o crescimento econômico e promover avanços sociais e ambientais.
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