Brasil mira futuro sustentável na soja com parceria estratégica e planejamento diante da China

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O Brasil tem se destacado como o maior fornecedor de soja para a China, o que tem sido ótimo para o agronegócio. Em 2024, 73% da soja brasileira foi vendida para os chineses. Mas essa dependência acendeu um sinal de alerta durante o 10º Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja, que aconteceu entre os dias 21 e 24 de julho, em Campinas (SP). Especialistas disseram que o Brasil precisa se preparar para mudanças no mercado.

A China está investindo para produzir mais soja dentro do próprio país. A meta deles é passar de 15% para 30% de produção interna até 2030. Isso quer dizer que, no futuro, eles podem comprar menos da nossa soja. Além disso, estão buscando novos fornecedores e até alternativas para substituir a soja na alimentação animal.

Durante o congresso, as diplomatas Larissa Wachholz e Letícia Leme explicaram que a China também está investindo em genética, logística e até em projetos aqui no Brasil. Esses investimentos são bons, mas mostram que eles querem mais controle sobre a cadeia produtiva. E se a China mudar de ideia ou fechar novos acordos com outros países, o Brasil pode ficar na mão.

Por isso, os especialistas reforçaram que o Brasil precisa pensar no futuro. Não dá pra depender só de um cliente, mesmo que ele compre bastante. É hora de buscar novos mercados, melhorar a produção e investir em tecnologia. Projetos como a recuperação de pastagens e o desenvolvimento de combustíveis renováveis podem abrir novas portas e agregar valor à soja brasileira.

O recado do congresso foi claro: o Brasil precisa agir com estratégia. A relação com a China é importante, mas não pode ser a única aposta. Pensar a longo prazo, atrair investimentos e fortalecer parcerias são passos essenciais para manter o setor da soja forte e competitivo nos próximos anos.

*Com informações Agrolink