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21/07/2025 12h00min - Ciência
2 meses atrás

Brasil inaugura maior biofábrica de Aedes aegypti do mundo para combater dengue com tecnologia natural e segura


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Fonte: Fonte Grande FM



O Brasil deu um passo importante no combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti com a inauguração da maior biofábrica do mundo dedicada à sua produção. Localizada no Paraná e batizada de Wolbito do Brasil, a unidade é fruto da parceria entre o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e o World Mosquito Program (WMP). A proposta pode parecer contraditória à primeira vista, já que o país investe tanto em campanhas para eliminar o mosquito. Mas a criação dessa versão especial do Aedes tem um objetivo vital: impedir a transmissão de dengue, zika e chikungunya.

O diferencial dos mosquitos produzidos na fábrica está na presença de uma bactéria chamada Wolbachia. Natural e segura, essa bactéria impede que os vírus se multipliquem dentro do mosquito, tornando-o inofensivo para os seres humanos. O método já vem sendo testado no Brasil desde 2014 e, com a nova fábrica, a produção poderá alcançar até 100 milhões de ovos por semana. O foco inicial será atender os municípios com maiores índices de arboviroses, conforme definido pelo Ministério da Saúde.

A técnica consiste na liberação de mosquitos com Wolbachia no meio ambiente. Ao se reproduzirem com a população local, os descendentes também herdam a bactéria, ampliando seu alcance e ajudando a controlar a propagação de doenças. Segundo a Fiocruz, cada real investido no projeto pode gerar uma economia de até R$ 549 em gastos com saúde pública, evidenciando o impacto positivo da iniciativa.

A técnica consiste na liberação de mosquitos com Wolbachia no meio ambiente. Ao se reproduzirem com a população local, os descendentes também herdam a bactéria, ampliando seu alcance e ajudando a controlar a propagação de doenças. Segundo a Fiocruz, cada real investido no projeto pode gerar uma economia de até R$ 549 em gastos com saúde pública, evidenciando o impacto positivo da iniciativa.

A Wolbachia é encontrada naturalmente em mais da metade dos insetos no mundo, e sua introdução no Aedes aegypti tem sido feita com total segurança, sem uso de modificações genéticas. O método já mostrou resultados promissores em cidades como Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Campo Grande e Joinville, entre outras. A meta agora é expandir para novos municípios, como Blumenau, Brasília e Balneário Camboriú, ainda este ano.

Apesar da inovação, o projeto não substitui as medidas tradicionais de prevenção, como a eliminação de focos de água parada. Ele se soma às estratégias já existentes, oferecendo uma solução complementar eficiente e sustentável. Com essa nova frente de atuação, o Brasil se posiciona como referência global no uso de tecnologia natural para combater epidemias transmitidas pelo Aedes aegypti.



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