10h atrás
Brasil consolida protagonismo no agro com a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo

O Brasil possui atualmente a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, com mais de 2.700 aeronaves em operação. Essa frota é utilizada para pulverização de defensivos, fertilizantes, sementes e bioinsumos sobre grandes culturas, como soja, milho, algodão e cana-de-açúcar. Os aviões agrícolas também têm papel importante no combate a incêndios e no manejo de áreas remotas, sendo essenciais para manter a produtividade e a sustentabilidade do agronegócio.
A aplicação aérea se destaca por sua eficiência, permitindo que um único avião cubra até 500 hectares por dia com uniformidade, reduzindo o pisoteio do solo e maximizando o aproveitamento dos insumos. Com tecnologias embarcadas como GPS agrícola, sensores de altura e controle digital de vazão, a aviação de precisão se tornou uma aliada indispensável da agricultura moderna.
Segundo dados da ANAC, o número de aeronaves agrícolas cresceu de 2.432 em 2021 para 2.722 em 2025. Esse crescimento acompanha a demanda por alta performance e sustentabilidade no campo. Com isso, o Brasil ultrapassou países como Canadá e Austrália, mantendo-se atrás apenas dos Estados Unidos, que lideram com cerca de 3.600 aeronaves.
Entre os modelos mais populares no país está o Embraer Ipanema, que soma mais de 1.500 unidades produzidas e é o único avião agrícola no mundo movido a etanol. Turboprops internacionais e helicópteros adaptados também ganham espaço, atendendo propriedades de diferentes portes e condições geográficas.
A sinergia entre agricultura de precisão, dados meteorológicos e tecnologias de mapeamento digital vem permitindo aplicações mais seguras, precisas e eficientes, reduzindo desperdícios e o impacto ambiental. Empresas especializadas oferecem relatórios detalhados pós-aplicação, ajudando produtores a tomar decisões com base em dados.
A aviação agrícola brasileira, embora altamente tecnificada e regulada, ainda enfrenta desafios significativos. Além das exigências de licenciamento e qualificação dos pilotos, o setor lida com críticas relacionadas à deriva e impacto ambiental, apesar de ser amplamente fiscalizado por ANAC, MAPA e IBAMA. Para reforçar a segurança e a imagem pública, são adotadas boas práticas ambientais e promovidas ações educativas nas comunidades rurais.
Outro ponto crítico é a formação de novos pilotos agrícolas, uma vez que a atividade exige domínio técnico em voos de baixa altitude e operação de sistemas embarcados. Iniciativas como o SINDAG e escolas especializadas têm sido fundamentais para suprir essa demanda, garantindo a continuidade de uma atividade estratégica para o agronegócio brasileiro.
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