Brasil conquista liderança inédita no Mundial de Atletismo Paralímpico

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A delegação brasileira encerrou sua participação no Mundial de Atletismo Paralímpico em Nova Déli, Índia, com um feito histórico: pela primeira vez, o país liderou o quadro de medalhas da competição. Com 15 ouros, 20 pratas e nove bronzes, o Brasil somou 44 pódios e superou potências tradicionais como China e Irã. A China ficou em segundo lugar, com 52 medalhas, e o Irã em terceiro, com 25.

A campanha brasileira foi marcada por conquistas diárias e grandes atuações individuais. No último dia, seis atletas subiram ao pódio, incluindo Jerusa Geber, Clara Daniele e Zileide Cassiano. Jerusa venceu os 200m T11 com 24s88, seu melhor tempo do ano, e se tornou a atleta brasileira com mais medalhas em Mundiais: 13 no total, ultrapassando Terezinha Guilhermina. Thalita Simplício também brilhou, conquistando o bronze na mesma prova.

Um episódio curioso garantiu o ouro para Clara Daniele nos 200m T12. Inicialmente segunda colocada, ela herdou a vitória após a desclassificação da venezuelana Alejandra Paola Lopez, cujo guia a puxou antes da linha de chegada. Maria Clara Augusto também se destacou, com três medalhas: ouro nos 400m e pratas nos 100m e 200m T47. A equatoriana Kiara Rodriguez venceu essa última prova com recorde mundial de 24s34.

No arremesso de peso, Edenilson Floriani levou o bronze na categoria F42/F63 com 14,96m, quebrando o recorde das Américas. Ele já havia conquistado o bronze no lançamento de dardo. Thiago Paulino, por sua vez, teve a prata confirmada após recurso aceito pelo júri, que validou sua marca de 14,82m na classe F57.

A conquista brasileira quebra a hegemonia chinesa, que só havia perdido o topo uma vez, em Lyon 2013. O Brasil vinha se aproximando da liderança com campanhas consistentes em Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024. Com o desempenho em Nova Déli, o país alcança sua melhor participação em Mundiais de atletismo paralímpico, consolidando-se como uma potência na modalidade.