1 mês atrás
Boletim diz que economia cresce, mas brasileiro ainda luta para fechar o mês

O Banco Central divulgou mais uma queda na previsão da inflação para este ano, agora estimada em 5,07%. Apesar de parecer uma boa notícia, esse número não reflete o que as pessoas sentem no bolso. Os preços continuam altos nos mercados, nas contas de luz e nos serviços básicos. A população não vê essa “desaceleração” na prática, porque o custo de vida segue pesado, especialmente para quem ganha pouco.
Mesmo com a inflação acumulada em 12 meses acima de 5%, o governo trata isso como algo controlado. Mas seis meses seguidos acima do limite da meta mostram que a situação está longe de estar sob controle. E quando isso acontece, o presidente do Banco Central precisa apenas escrever uma carta explicando o motivo — enquanto milhões de brasileiros seguem enfrentando dificuldades para comprar comida ou pagar aluguel.
A taxa de juros, a famosa Selic, está em 15% ao ano. Isso significa que empréstimos, financiamentos e até o cartão de crédito ficam mais caros. Para quem precisa parcelar compras ou pegar dinheiro emprestado, a situação é cada vez mais difícil. O Banco Central diz que essa medida ajuda a controlar a inflação, mas na prática ela trava o consumo e dificulta a vida de quem mais precisa.
Mesmo assim, o mercado financeiro continua dizendo que a economia está crescendo. A previsão é de um aumento de 2,23% no PIB este ano, mas esse número não mostra como a riqueza está sendo distribuída. Enquanto grandes empresas lucram, muita gente está desempregada ou trabalhando por salários baixos. O crescimento não chega para todos, e isso cria uma falsa sensação de progresso.
Por fim, o dólar deve fechar o ano em R$ 5,60, o que também afeta os preços de produtos importados e até alimentos. Em resumo, os dados divulgados pelos órgãos oficiais podem até mostrar uma melhora nos gráficos, mas não representam o dia a dia da maioria dos brasileiros. A realidade é outra: inflação alta, crédito caro e renda apertada. E isso não aparece nos boletins, mas está presente em cada compra feita com sacrifício.
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