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17/03/2023 11h00min - Saúde
3 anos atrás

Barato e prático: pesquisadores criam sensor que detecta agrotóxico em alimentos

Dispositivo é feito de papel kraft e, ao entrar em contato com legumes e verduras, identifica presença de pesticida em instantes.

Foto: Acervo dos Pesquisadores ► 
Fonte: Fonte Grande FM



Dispositivo poderá ser usado pelo consumidor em mercados, quitandas e lojas de alimentos.

Não é de hoje que fugir do consumo de agrotóxicos é uma meta pra mim. Busco sempre comprar produtos frescos, de agricultores familiares que evitam os defensivos agrícolas. Nem sempre é possível. Entre os fornecedores de orgânicos, muitas vezes não encontro um pimentão numa determinada época para uma receita, um kiwi pro café da manhã e até mesmo uma hortaliça pra dar aquele gostinho num preparo especial. Aí, recorro ao varejo comum sem saber a quantidade de veneno que estou levando pra casa. Mas e se fosse possível descobrir, em poucos segundos, se um produto da prateleira tem resíduo de agrotóxico? O que você faria? Eu deixaria de comprar e você?

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um sensor de papel capaz de detectar imediatamente a presença de pesticida em frutas e verduras. Rápido, prático e BARATO! Só falta uma empresa amiga do consumidor abraçar a causa e produzir em larga escala. Conversei com um dos pesquisadores que participaram do projeto, o José Luiz Bott Neto. Ele é autor correspondente do artigo com os resultados da pesquisa e  divulgado na revista food Chemistry. 

Funciona assim: em contato com os legumes, por exemplo, o sensor, ligado a um dispositivo eletrônico, identifica e mede a quantidade do fungicida carbendazim – que  é amplamente utilizado no Brasil, apesar de proibido: “O carbendazim, um fungicida utilizado nas plantações de citros e cereais, apesar de ter sido proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), foi selecionado como objeto de estudo devido à sua toxicidade e potencial carcinogênico”, conta Bott Neto.

E a pergunta foi, quer pagar quanto?

A resposta  impressionou. O custo de produção desse dispositivo é de APENAS cinquenta centavos. E ele ainda poderia ser reutilizado. “O sensor desenvolvido apresenta diversas vantagens em relação aos métodos convencionais para detectar agrotóxicos em alimentos. Seu custo é estimado em apenas R$ 0,50, o que representa uma economia significativa em relação às análises tradicionais, que podem custar em média entre R$ 150 e R$ 200 por amostra”, revela.

O sensor é inédito no Brasil. É composto basicamente por papel kraft (sim, aquele de cartazes) e uma tinta condutora de eletricidade à base de carbono. Um dispositivo eletrônico conectado ao sensor faria a medição do agrotóxico presente no alimento.

Fonte: R7 / Informaçõe do Blog ehdecomer



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