2 meses atrás
Aquífero São Gabriel do Oeste pode ser reconhecido como sistema independente em Mato Grosso do Sul
Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul identificaram uma nova formação hidrogeológica na região centro-norte do Estado. Batizado de Aquífero São Gabriel do Oeste (ASGO), o sistema apresenta características distintas dos já reconhecidos, como o Guarani e o Bauru.
O estudo foi apresentado no XVII Simpósio de Geologia do Centro-Oeste e será levado à Frente Parlamentar de Recursos Hídricos no dia 23 de outubro. A proposta é incluir o tema na pauta do Conselho Estadual e atualizar o Plano Estadual de Recursos Hídricos.
Com área estimada em 1.400 km², o ASGO cobre principalmente São Gabriel do Oeste, além de partes de Bandeirantes e Rio Negro. Trata-se de um aquífero livre, com alta capacidade de recarga e água de excelente qualidade, próxima à da chuva.
A produção média dos poços tubulares na região é de 15 m³/h, tornando o ASGO essencial para o abastecimento de famílias e pequenas propriedades. Estima-se que ele represente 36% da área do município de São Gabriel do Oeste.
Apesar do potencial, os pesquisadores alertam para a vulnerabilidade do solo poroso, que pode facilitar a contaminação. Estudos anteriores já identificaram metais pesados na água, reforçando a necessidade de monitoramento e uso sustentável.
Com base na média de chuvas, o ASGO pode oferecer até 458 milhões de m³ de água por ano, dos quais 20% podem ser utilizados. O reconhecimento oficial permitirá ao Estado ampliar suas reservas hídricas e fortalecer políticas públicas voltadas à gestão da água.
•

